A aplicação de cerca de R$ 100 milhões na construção de 1.360 casas e apartamentos em São Luís para famílias que moravam em condições inapropriadas tem gerado emprego e renda para os maranhenses neste momento de crise. As obras são feitas com recursos da União e do Governo do Maranhão.
Na atual etapa do projeto, mais de mil empregos foram gerados com as obras dos conjuntos habitacionais Jomar Moraes, no Sítio Piranhenga, e o José Chagas, na Ilhinha.
No canteiro de obras do Sítio Piranhenga, com 50% da obra já pronta, Manuel de Jesus, de 52 anos, trabalha como carpinteiro: “Esse foi um momento oportuno para se conseguir um emprego. Não só para mim, mas para vários companheiros que estão hoje aqui nesse empreendimento”.
Ele estava parado havia mais de um ano e conta que “a construção civil estava em baixa, em alguns lugares do país ainda continua, mas com esse incentivo do Governo, aqui no Maranhão, as coisas começam a se torna mais esperançosa”.
Assim como Manuel, Edmilson Reis dos Santos, de 30 anos, entrou no empreendimento e conquistou a vaga de pedreiro. Ele estava parado havia seis meses e agora faz planos: “A falta de emprego está grande, mas como consegui esse aqui, a gente tem que pensar no futuro e o tempo todo a gente tem que se reciclar. Eu pretendo continuar trabalhando e estudando mais para avançar profissionalmente, e ter um futuro melhor”.
Agora e depois
A gerente administrativa da obra, Telma Monteiro, ressalta a importância de preparar esses profissionais para atuar em obras civis de acordo com a realidade do mercado. Atualmente, ela coordena 484 funcionários no local. “Fico feliz que a construtora, junto com o Governo, tenha proporcionado essa ampla empregabilidade nesse momento de crise. Tantas oportunidades foram geradas”, afirma. “Aqui trabalhamos com todas as documentações dos funcionários e aplicamos antecipadamente treinamentos, para que ninguém vá para o canteiro de obra sem antes entender a filosofia da empresa e a metodologia da obra”, acrescenta.
O treinamento de rotina garante aos funcionários uma preparação contínua, aumentando a probabilidade de se manter no mercado de trabalho. “Uma das vantagens é que ao terminar uma obra a gente consegue transferir esses funcionários para outras. A gente sempre aproveita a mão de obra dos funcionários que a gente já conhece, que já demos o treinamento e sabemos do potencial de cada um”, diz Telma.
O auxiliar técnico em edificações Alefy Melo, de 23 anos, começou na empresa com 18 anos, em 2012, como jovem aprendiz. Atualmente, é funcionário efetivo na execução de projetos. “Em princípio, como era uma experiência nova, tem sempre aquele impacto e receio, pensando como é que vai ser, o que eu vou passar. Mas quando a gente entra aqui, existe uma equipe que abraça a gente. Fui indo, me empenhando, e acabei conquistando esse espaço”, diz Alefy.
Conjuntos
Com investimentos de cerca de R$ 100 milhões, os conjuntos habitacionais Jomar Moraes, no Sítio Piranhenga, e José Chagas, na Ilhinha, abrigarão 1.104 e 256 famílias, respectivamente, que moravam em condições inapropriadas na cidade.
O Residencial Jomar Moraes receberá investimentos de cerca de R$ 80 milhões, oriundos do Fundo de Arrendamento Residencial do Governo Federal, por meio da Caixa Econômica, e de contrapartida do Governo do Estado. O conjunto no Sítio Piranhenga será formado por 33 blocos de 32 apartamentos e por dois blocos de 24 apartamentos, totalizando 1.104 unidades habitacionais.
Os residenciais que levam o nome de importantes personalidades da cultura e membros da Academia Maranhense de Letras. O escritor e cronista Jomar Moraes, falecido em agosto do ano passado, dará nome ao residencial do Sítio Piranhenga. Já o poeta José Chagas, falecido em 2014, será o homenageado no empreendimento localizado na Ilhinha.
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Daucyana Castro