Por Juliana Mello
Visando aprimorar os métodos para o diagnóstico da hanseníase, o Estado do Maranhão recebe os representantes dos Laboratórios Centrais dos estados da Bahia, Piauí, Sergipe, Ceará e Rio Grande do Norte. Realizado nesta segunda-feira (29) e terça (30), a medida é efetivada por meio de um treinamento em RT-PCR, exame que detecta a bactéria em tempo real, para implantação do diagnóstico molecular para hanseníase. O evento foi sediado no Instituto Oswaldo Cruz – Laboratório Central do Maranhão (IOC-Lacen/MA), equipamento da rede da Secretaria de Estado da Saúde (SES).
Para avançar na implantação de novo método de diagnóstico da hanseníase no IOC-Lacen/MA, o treinamento foi ministrado pela BS Diagnóstica, em parceria com a Coordenação Geral de Laboratórios de Saúde Pública (CGLAB), vinculada ao Ministério da Saúde.
“O treinamento que ocorre no Maranhão está sendo implantado nacionalmente. Os Laboratórios Centrais que possuem o setor de biologia molecular instalado estão passando por esse processo de implantação do novo método de diagnóstico, que é complementar à técnica da baciloscopia. A partir de agora, os Lacens que participaram do treinamento estarão aptos à realizar o método, dando mais celeridade ao diagnóstico da hanseníase”, explica a farmacêutica Lécia Cosme, encarregada da rede de laboratórios do estado do Maranhão do IOC-Lacen/MA.
Para a biomédica Fernanda Dorea, representante do Laboratório Central de Sergipe, a parceria é extremamente importante entre os estados, além de ser uma excelente troca de experiências e de conhecimento, repassado pela empresa responsável pelos novos testes, o Ministério da Saúde e os estados que estarão atuando nesse contexto”, disse.
A bióloga colombiana Mônica Rueda, que participa do treinamento representando o Lacen Sergipe, comenta que o cuidado do Brasil com a saúde pública foi o que mais lhe chamou atenção desde que passou a residir e trabalhar no país. “Principalmente em relação às doenças negligenciadas, que é o caso da hanseníase. Por isso é importante adquirir esse novo conhecimento para auxiliar nos casos não diagnosticados, que são comuns em alguns municípios”, explicou.
Para a farmacêutica Wládia Avelino, representante do Lacen Rio Grande do Norte, o treinamento auxilia na ampliação da carta de exames oferecidos, que é um ganho para o paciente. “Essas capacitações e atualizações de conhecimento são muito importantes para prestar um serviço cada vez melhor para a comunidade”, destacou.
“O Ministério da Saúde nos escolheu para ser um dos polos da capacitação deste novo método, no qual estamos participando juntamente com os representantes dos Laboratórios Centrais da Bahia, Sergipe, Piauí e Rio Grande do Norte, é extremamente importante para o fortalecimento da vigilância da hanseníase”, enaltece o diretor-geral do IOC-Lacen/MA, Lídio Gonçalves Lima-Neto.
O Instituto Oswaldo Cruz – Laboratório Central do Maranhão (IOC-Lacen/MA, equipamento da rede da Secretaria de Estado da Saúde (SES), é gerenciado pela Empresa Maranhense de Serviços Hospitalares (Emserh).
Vanessa Karinne Selares Ribeiro Ferreira