Profissionais do Serviço especializado para pessoas com Transtorno do Espectro do Autismo (TEA), anexo do Centro Especializado em Reabilitação e Promoção da Saúde (CER) do Olho d’Água, iniciaram nesta segunda-feira (11) o curso Introdução ao Protocolo de Avaliação VB Mapp. A capacitação será de 20h, dividida em quatro dias de treinamento e é mais um investimento do Governo do Estado para a qualificação da assistência voltada às pessoas com autismo.
O Verbal Behavior Milestones Assesment and Placement Program (VB-MAPP) é um protocolo de avaliação usado dentro da análise de comportamento aplicada – Terapia ABA, ciência utilizada na abordagem oferecida no serviço. O protocolo visa identificar e avaliar as habilidades de linguagem do paciente. O curso foi oferecido aos profissionais da saúde que trabalham com pacientes com TEA que são atendidos no CER Olho d’Água. A sigla, que traduzida para o português significa Avaliação de Marcos do Comportamento Verbal e Programa de Nivelamento, é um instrumento que compreende 170 marcos de desenvolvimento subdivididos em três níveis, que vão de zero a 48 meses de idade.
“É um protocolo internacionalmente reconhecido. Habilita o profissional a fazer uma melhor avaliação do perfil do paciente e por consequência planejar a intervenção individualizada para ele”, explicou Flávia Neves, coordenadora do Serviço Especializado a Pessoa com TEA.
Entre os profissionais que participaram do curso estão psicólogos, psicopedagogos, terapeutas ocupacionais, fonoaudiólogos, artesãos e profissionais da educação física. São profissionais que cuidam dos pacientes de 0 a 12 anos de idade, atendidos pelo serviço inaugurado pelo Governo do Maranhão.
“É muito importante porque o nosso próprio serviço já pede esse trabalho especializado, direcionado ao nosso público. É essencial para desenvolvermos nossas crianças”, relatou o psicopedagogo Fernando Frazão.
A psicóloga Simone Batista de Souza, que já trabalha há três anos na unidade de saúde, também mostrou empolgação com a realização do curso. “A importância é total para gente que trabalha com esse público. Temos que entender e desenvolver as habilidades com as crianças, conhecer o protocolo e como desenvolver essas habilidades. O que eu posso desenvolver é de suma importância, o protocolo é a fonte do nosso trabalho, a gente avalia, reavalia os casos e isso ajuda no nosso trabalho e tem reflexo nas vidas dos nossos pacientes”, avaliou.
Segundo a coordenadora do Serviço Especializado a Pessoa com TEA, a demanda é muito grande pelo serviço. “O número de profissionais que entram no mercado não é igual ao número de pessoas que nascem com o Transtorno do Espectro Autista. Os comportamentos podem e devem ser observados em diferentes ambientes. Essa avaliação deve ser feita em casa, na rua, em ambientes particulares. Com essa capacitação, certamente”, finalizou Flávia Neves.
O Maranhão é pioneiro na oferta do atendimento público com abordagem baseada na análise do comportamento aplicado (ABA). A expansão do serviço para o anexo ocorreu em dezembro de 2019. O serviço especializado para pessoas com Transtorno do Espectro do Autismo (TEA) é administrado pela Empresa Maranhense de Serviços Hospitalares (EMSERH).
Eduardo Ericeira