O Governo do Estado iniciou, desde junho deste ano, a realização do exame de sorologia para Chikungunya no Laboratório Central do Maranhão (Lacen). Com a descentralização do exame do Laboratório Central de Saúde Pública do Ceará para o Maranhão, o prazo do resultado reduziu de 15 para cinco dias úteis na rede pública.
De acordo com o secretário de Estado de Saúde, Carlos Lula, o investimento na prevenção e a agilidade do diagnóstico são eixos do enfrentamento ao Aedes aegypti em execução pela Secretaria de Estado da Saúde (SES). “Estamos promovendo uma cadeia de ações que vão da prevenção ao diagnóstico precoce, passando pela conscientização da população. Com o prazo encurtado – agora um terço apenas do anterior, que era de quinze dias úteis -, temos mais condições de retratar o cenário do paciente e da situação epidemiológica do estado e, principalmente, de possibilitar o tratamento adequado ao paciente a partir do diagnóstico”, afirmou o secretário.
A SES adquiriu os equipamentos para otimização do exame de sorologia para Chikungunya e o Ministério da Saúde fornece os kits. O Laboratório Central do Maranhão tem capacidade para analisar 2.332 amostras por mês do exame de sorologia para Chikungunya, uma média de 558 amostras semanais. Em 23 dias, 943 amostras, da capital e do interior, foram encaminhadas para análise.
A diretora do Lacen, Conceição Pinto, explica que a medida agiliza a confirmação do diagnóstico, quando positivo, e colabora, também, para o acompanhamento dos casos em todo o estado. “Anteriormente, por orientação do Ministério da Saúde, o exame era realizado no Laboratório Central de Saúde Pública do Ceará e, por conta da demanda e por ser referência para a referida sorologia, o tempo de espera do resultado era superior a quinze dias”, comenta Conceição.
Exame
O exame sorológico para chikungunya é feito a partir do oitavo dia de sintomas. Os principais sinais e sintomas da doença são febre acima de 38,5 graus, de início repentino, e dores intensas nas articulações de pés e mãos – dedos, tornozelos e pulsos. Pode ocorrer, também, dor de cabeça, dores nos músculos e manchas vermelhas na pele.
Combate ao Aedes
O Governo do Maranhão dispõe de estratégias de mobilização de controle e combate ao mosquito Aedes aegypti, transmissor da dengue, zika vírus e febre Chikungunya. De janeiro a junho deste ano, a Secretaria de Estado da Saúde (SES) lançou o Plano Emergencial de Combate ao Aedes aegypti (PECD); elaborou as diretrizes do Plano Estadual de Microcefalia; promoveu mutirão para atendimento das crianças com Microcefalia no Hospital Juvêncio Matos, em São Luís, entre outras ações.
O Programa Estadual da Dengue, vinculado à Secretaria adjunta da Política de Atenção Primária em Vigilância em Saúde, realiza o monitoramento diário de imóveis trabalhados e visitados nos municípios e Unidades Regionais de Saúde (URS). Além disso, desenvolve ações de supervisão para monitoramento da vigilância epidemiológica, coleta de amostras de casos suspeitos, controle vetorial e trabalho de nebulização espacial.
Daucyana Castro