10 de maio de 2024

Hemomar oferta tratamento para pacientes com Talassemia com equipe médica, multiprofissional, distribuição de medicamento e orientação

As Talassemias são doenças hereditárias que se caracterizam pela redução ou ausência de hemoglobina, substância dos glóbulos vermelhos do sangue responsável pelo transporte de oxigênio para todo o corpo. A doença é herdada dos pais, e entre os sintomas que podem ser percebidos estão: anemia persistente, aparência pálida, aumento do baço, distúrbios cardíacos e endócrinos, atraso no crescimento e na maturação sexual, além de infecções recorrentes. 

“O teste do pezinho consegue reconhecer apenas algumas formas das Talassemias e o tratamento é bem variado vai depender de acordo com a gravidade, dependendo também do tipo de Talassemia, tem a alfa e a beta, em casos mais leves apenas com base em ácido fólico e há uma possibilidade de do tratamento com base no transplante de medula óssea, mas é preciso o constante acompanhamento do paciente”, pontuou o Diretor Clínico do Hemomar, Ademar Moraes. 


Sintomas que foram sentidos pela estudante Ivone da Cruz da Conceição. A jovem tem 35 anos de idade e descobriu a doença quando tinha 9 anos. Teve que ser internada por várias vezes por apresentar quadros de fraqueza, palidez, e ainda, por conta do baço avantajado, teve que retirá-lo aos 7 anos de idade.


“Por causa da doença fiz a primeira transfusão aos 3 meses de vida. Foram várias transfusões e a melhora era rápida e aí após alguns dias voltavam os sintomas. Hoje faço acompanhamento no Hemomar a cada 21 dias, e além do hematologista, tenho acompanhamento com endocrinologista, cardiologista, hepatologista, psiquiatra para tratar a ansiedade que veio junto com a doença e sessões de fisioterapia. Tudo tem me ajudado muito, percebo a evolução, parei de ser constantemente internada, dificilmente volta a sentir todos os sintomas e quando sinto é de forma leve”, destacou a estudante.

Ivone é uma das 176 pessoas que estão cadastradas no Hemomar para tratamento da Talassemia. O problema, é que muitas pacientes deixam de fazer o acompanhamento de forma regular ou tratam a doença de forma errada.


“Nós recebemos inúmeros pacientes que por anos passaram tratando a deficiência de ferro sem ter feito na verdade o diagnóstico correto que era da Talassemia que tem condições muito parecidas. Por ser uma condição genética, o diagnóstico é feito através da eletroforese de hemoglobina, que é um exame feito no Hemomar, e a partir daí conseguimos detectar alterações na hemoglobina e essa condição confirma o diagnóstico. O acompanhamento médico é fundamental para que a doença não chegue a um estágio mais grave ou até mesmo complicações como pedra na vesícula e doenças renais”, explicou a médica hematologista, Tula Siqueira. 


No Hemomar, além do acompanhamento médico, os pacientes têm acesso ao ácido fólico, já que por apresentar uma maior produção de glóbulos vermelhos, o organismo das pessoas com Talassemia tem também um consumo aumentado do ácido. 

Daucyana Castro