Por Vanessa Ribeiro
Realizada hoje (29) no Palácio Henrique de La Rocque, durante o I Encontro de Alimentação e Nutrição na Atenção Primária em Saúde, a entrega da placa do Selo Iniciativa Hospital Amigo da Criança (IHAC), do Ministério da Saúde à Maternidade de Alto Risco de Imperatriz (MARI).
A MARI é a primeira unidade hospitalar gerenciada pela Empresa Maranhense de Serviços Hospitalares (EMSERH) a receber o Selo IHAC. A placa foi recebida pela gerente de enfermagem da maternidade, Vanessa Benini, que representou a direção da unidade. “A conquista do Selo da Iniciativa Hospital Amigo da Criança pelo Ministério da Saúde só fortalece a equipe da MARI em manter a qualidade na assistência à comunidade de Imperatriz”, disse.
A certificação concedida em fevereiro de 2023, garante que a unidade funciona dentro de todos os parâmetros e critérios que definem que o hospital é amigo da criança, como parto humanizado, direitos do contato pele a pele e amamentação do bebê na primeira hora de vida respeitados.
“É com grande honra que hoje podemos dizer que somos credenciados pelo ministério da Saúde como Hospital Amigo da Criança e Amigo da Mulher, esse título que por si só já é esclarecedor pois significa que avançamos nos nossos processos de trabalho relativos a atenção ao parto e nascimento, proporcionando impacto positivo na duração do aleitamento materno e consequentemente melhorando as taxas de morbimortalidade perinatal e infantil. O título é de todos, de toda uma equipe que se esforçou e se dedicou para o cumprimento dos critérios da IHAC”, ressaltou a diretora da MARI, Tassiana Brandão.
O selo IHAC garante um parto mais seguro, incentivo ao aleitamento materno e fortalecimento no combate à mortalidade materno infantil. O selo é concedido pelo Ministério da Saúde aos hospitais que cumprem os 10 passos para o sucesso do aleitamento materno, cumprem a Norma Brasileira de Comercialização de Alimentos para Lactentes e Crianças de Primeira Infância (NBCAL), dentre outros critérios.
“O selo IHAC é o reconhecimento do trabalho coletivo da EMSERH em relação a melhoria da qualidade assistencial prestada na nossa unidade que tem serviço de obstetrícia. Nós enquanto Qualidade Assistencial temos a responsabilidade de implantar todos os protocolos assistenciais referentes aos quatro critérios que são os pilares do selo. Além disso as maternidades que recebem o selo têm um incentivo financeiro do Ministério da Saúde em cerca de 25% a mais por procedimento”, frisou a gerente de Gestão da Qualidade Assistencial da EMSERH, Yole Saraiva.
Para conquistar o Selo os profissionais da maternidade trabalharam durante um ano para reorganizar os processos internos assistenciais de todas as áreas. Todos pilares que norteiam o processo de acreditação do selo IAHC foram cumpridos, como destaca a especialista de Qualidade Assistencial da EMSERH, Dominique Oliveira. “Não foi um processo fácil, porque 100% da equipe precisou ser treinada, habilitada para que fosse possível avançar em cada etapa. Passamos por três avaliações estaduais antes da avaliação do Ministério da Saúde. É importante ressaltar que todas as nossas unidades que são maternidades e/ou são habilitadas para obstetrícia podem passar pelo mesmo processo e é intenção da EMSERH que a gente consiga ter todas as nossas unidades que ofertam esses serviços, com o selo IHAC, de Hospital Amigo da Criança”, destacou.
Selo Iniciativa Hospital Amigo da Criança (IHAC)
Lançado pelo Fundo das Nações Unidas para a Infância (UNICEF) e pela Organização Mundial da Saúde (OMS), no início da década de 1990, é um selo de qualidade concedido pelo Ministério da Saúde aos hospitais que, dentre outros critérios, cumpram os 10 passos para o sucesso do aleitamento materno, tenham cuidado respeitoso e humanizado à mulher durante o pré-parto, parto e o pós-parto e garantam livre acesso à mãe e ao pai e permanência deles junto ao recém-nascido internado, durante 24 horas.
Fazem parte dos objetivos do selo, reduzir a morbimortalidade infantil por meio do estímulo à prática da amamentação, promover o Cuidado Amigo da Mulher, mobilizar e capacitar os profissionais de saúde para alterarem condutas que possam prejudicar a amamentação e levar ao desmame precoce, acabar com a distribuição de suprimentos gratuitos ou de baixo custo usados como substitutos do leite materno para as maternidades e hospitais e, ainda, cumprir a Norma Brasileira de Comercialização de Alimentos para Lactentes e Crianças na Primeira Infância (NBCAL), que regula a promoção comercial e a rotulagem de alimentos e produtos destinados a recém-nascidos e crianças de até três anos de idade, como leites, papinhas, chupetas e mamadeiras.
Fotos: Divulgação
Vanessa Karinne Selares Ribeiro Ferreira