Um alerta sobre a importância do aleitamento materno, que garante uma melhor qualidade de vida aos bebês, marcou o Dia Mundial de Aleitamento Materno, celebrado nesta quinta-feira. A programação incluiu palestras e rodadas de conversa comandadas pelo secretário de Estado da Saúde, Carlos Lula, e pela chefe do Departamento de Atenção à Saúde da Criança e do Adolescente da SES, Raimunda Formiga, com mediação da jornalista Mariana Dias.
Com o tema “Empoderar mães e pais, favorecer a amamentação hoje e para o futuro”, o secretário Carlos Lula abriu a campanha alusiva ao aleitamento materno e chamou atenção para a importância do envolvimento dos pais para este momento tão sublime que envolve a família. “Mães e pais e toda a família devem saber da importância do aleitamento materno para a saúde do filho”, frisou o secretário.
Durante a palestra, a médica Roberta Albuquerque, diretora de Comissão e Representação junto ao Conselho Estadual dos Direitos da Criança e do Adolescente (CEDCA), frisou que no leite materno, a criança encontra não só as substâncias necessárias para a sua nutrição, mas também anticorpos.
“Estudos comprovam que a mortalidade por doenças infecciosas é menor em crianças que são amamentadas. O leite materno também garante proteção contra infecções respiratórias, evita casos de diarreia e o seu agravamento, além de diminuir os riscos de alergia”, destacou a médica Roberta Albuquerque.
Na palestra, Roberta Albuquerque detalhou que a amamentação é a melhor prática para reduzir a mortalidade de crianças, em virtude do leite ser o alimento padrão ouro para elas. “O principal alerta é amamentar os filhos de forma exclusiva com leite materno até o sexto mês de vida. Esse é também o maior desafio”, disse a médica.
Agosto foi instituído como o mês da amamentação por meio da Lei 13.435 de 2017, com o propósito de promover, proteger e apoiar o aleitamento materno. A cor dourada é devido ao fato de o leite materno constituir padrão ouro de alimentação para crianças, de acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS). É recomendado a amamentação exclusiva até os seis meses de vida e aliada a outros alimentos até dois anos ou mais.
Segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS), a amamentação é a principal forma de fornecer ao bebê os nutrientes necessários para sua sobrevivência e seu desenvolvimento. Nos primeiros seis meses de vida, deve ocorrer o aleitamento materno exclusivo, sem a complementação com nenhum alimento. Após o período de seis meses, outras substâncias podem ser oferecidas à criança. Vale salientar que vários estudos sugerem que crianças devem ser alimentadas com leite até, pelo menos, os dois ou três anos de idade.
Fique sabendo:
Importância da amamentação: é a melhor prática para reduzir a mortalidade de crianças, na medida em que é oferecido o alimento padrão ouro. O leite materno tem características especiais que além de nutrir adequadamente, proporciona proteção imunológica, protege a criança contra diarreias, infecções respiratórias e alergias, além de reduzir o risco de desenvolver hipertensão, colesterol alto, diabetes e obesidade na vida adulta. Outra vantagem é garantia de vínculo entre mãe e filho.
Por que as mães devem amamentar? Considerando todas as vantagens que a amamentação proporciona às crianças, baseadas nas melhores evidências científicas, que podem garantir crescimento e desenvolvimento saudável, recomenda-se que as mulheres amamentem seus filhos.
Existe um período para parar de amamentar? Atualmente, é recomendado que logo após o nascimento, em bebês saudáveis, que sejam colocados em contato pele a pele imediatamente e permaneçam durante uma hora, sendo colocados no seio materno; devem mamar exclusivamente durante 6 meses e até dois anos ou mais, junto com alimentação complementar. É importante deixar claro que a mulher é livre para amamentar seus filhos pelo tempo que achar favorável para ambos.
Quando a mãe não pode amamentar, o que deve ser feito? Nas situações em que há contraindicação para amamentação, o pediatra deve orientar quanto à justificativa clínica e sobre qual fórmula láctea utilizar.
Crianças que não amamentam quais são os riscos? São expostas aos riscos de perder os benefícios citados, que podem interferir diretamente no crescimento e desenvolvimento, além de ficar expostos às doenças comuns da infância; isso afeta diretamente os indicadores de mortalidade infantil.
Daucyana Castro