27 de junho de 2018

Aumenta cobertura nacional da vacinação contra gripe; Maranhão superou a meta estabelecida

Mesmo com o aumento dos casos de gripe neste ano em comparação com o ano passado, a Campanha Nacional de Vacinação contra a gripe não atingiu a meta do Ministério da Saúde, que era vacinar, pelo menos, 90% do público-alvo. Gestantes e crianças continuam com o menor índice de vacinação do país com cobertura 73,2% e 73,4 respectivamente. São 3,3 milhões de crianças e 574,3 mil de gestantes que deixaram de se proteger contra a gripe. No total, 6,8 milhões de pessoas deixaram de se vacinar.

O índice de cobertura da campanha em todo o país atingiu 86,1% dos grupos considerados prioritários. O público com maior cobertura da vacina contra a gripe é o de professores, com 100,5%, seguido pelas puérperas (98,4%), indígenas (93,6%) e idosos (92,8%). Entre os trabalhadores de saúde, a cobertura de vacinação atingiu 90,4%.

VACINAÇÃO DA GRIPE POR REGIÃO E POR ESTADOS

A região sudeste é a que tem menor cobertura vacinal contra a gripe até o momento, com 81%. Em seguida estão as regiões norte (81,6%), sul (86,2%), nordeste (92,3%) e centro-oeste com a melhor cobertura, de 97,6%.

Entre os estados, Goiás, Ceará, Amapá, Distrito Federal, Espírito Santo, Alagoas, Maranhão, Tocantins, Pernambuco, Paraíba, Mato Grosso, Minas Gerais e Rio Grande do Norte atingiram cobertura vacinal contra a gripe acima de 90%. Os estados com as taxas mais baixas de vacinação contra a gripe são Roraima, com 63% e Rio de Janeiro, com 65,2%.

CASOS DE GRIPE NO BRASIL

O último boletim do Ministério da Saúde aponta que, até 23 de junho, foram registrados 3.558 casos de influenza em todo o país, com 608 óbitos. Do total, 2.124 casos e 399 óbitos foram por H1N1. Em relação ao vírus H3N2, foram registrados 728 casos e 102 óbitos. Além disso, foram 296 registros de influenza B, com 40 óbitos e os outros 410 de influenza A não subtipado, com 67 óbitos. No mesmo período de 2017 foram registrados 1.459 casos de influenza e 237 mortes pela doença.

Entre as mortes em decorrência dos vírus da influenza, a mediana da idade foi de 55 anos de idade. A taxa de mortalidade por influenza no Brasil está em 0,29% para cada 100.000 habitantes. Das 608 pessoas que foram a óbito, 448 (73,7%) apresentaram, pelo menos, um fator de risco para complicação, com destaque para adultos maiores de 60 anos: cardiopatas, diabetes mellitus e pneumopatas. Esse público é considerado de risco para a doença, por isso a vacina contra a gripe é garantida gratuitamente no Sistema Único de Saúde (SUS).

fonte: Ministério da Saúde (SES)

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Daucyana Castro