A palestra ocorreu na manhã desta quarta-feira, 6 de novembro, no auditório da Empresa Maranhense de Serviços Hospitalares. O Presidente da EMSERH, o médico e cirurgião oncológico, Rodrigo Lopes, ministrou a palestra com o tema: Câncer Masculino, quebra de paradigmas.
A palestra, que teve duração aproximada de uma hora, foi concedida aos colaboradores da EMSERH e abordou diversos temas. O colaborador Stelmo Salgado, que é Engenheiro Clínico na EMSERH, elogiou a iniciativa. “A palestra foi muito boa porque reforçou muita coisa que a gente lê a respeito sobre o cuidado com a saúde masculina. Então, o Novembro Azul não fala só apenas de câncer, mas do autocuidado: com a alimentação, com o sono, com a mente. Foi um grande aprendizado. O homem não tem historicamente muito cuidado consigo, são mais as mulheres. Sabemos que é uma realidade. As mulheres cuidam de si e cuidam dos homens. Então, a gente tem que mudar esse hábito; tem que melhorar o cuidado conosco, fazer os exames de rotina e melhorar a saúde mental e física”, ressaltou o colaborador.
O Presidente da EMSERH reforçou a importância do autocuidado, que deve partir desde cedo. “O homem, geralmente, não tem o autocuidado. O cuidado em boa parte das vezes parte da mulher: da esposa, filha ou a mãe. O homem, por vários fatores, a maioria culturais, não possui esse auto olhar, se enxergar. Na minha opinião,
o principal paradigma a ser quebrado é que o homem precisa ter a consciencia e o hábito de se cuidar: ir ao médico, procurar se informar e melhorar sua qualidade de vida. E, não, terceirizar essa tarefa para uma outra pessoa, como é hábito de todos nós homens hoje em dia. O homem não deve ser cuidado e, sim, se cuidar. A campanha é muito importante neste sentido”, explicou Rodrigo Lopes.
No bate-papo com os colaboradores da EMSERH, o médico relatou outro ponto fundamental e não menos importante do que o autocuidado dentro da Campanha Novembro Azul, que é focar em ações voltadas para doenças específicas, dependendo da faixa etária.
“O Novembro Azul, foi iniciado com o foco no câncer de próstata, mas hoje em dia a campanha já tem uma dimensão bem maior. As ações e atividades estão voltadas para a saúde integral do homem. A gente fala muito de oncologia, de câncer, mas existem outros problemas que acometem a população masculina e feminina e que estão todas relacionadas. Podemos citar, por exemplo, o cuidado com a saúde cardiovascular; cuidar da sua memória, do seu intelecto, procurar ler ajuda muito no desenvolvimento do cérebro, para que o envelhecimento se torne um processo saudável e evitar doenças degenerativas do sistema nervoso, como Parkinson ou Alzheimer. Outro ponto importante e fundamental é que a pessoa procure ter atividades lúdicas. Atividades em que o indivíduo possa ocupar a mente fora do trabalho, por exemplo. Se você gosta de ler, praticar algum esporte, acampar, ir à praia, então, alguma atividade em que seu cérebro desligue um pouco do trabalho, Isso já foi comprovado como fator importante para a manutenção da saúde mental da pessoa, seja homem ou mulher”, disse o Presidente da EMSERH durante a sua fala.
Ainda na palestra, o médico fez uma explanação sobre os hábitos sexuais.
“A gente sabe que a população masculina tem um fator preponderante na disseminação de doenças sexualmente transmissíveis. Então, os homens têm o hábito histórico de se cuidar muito menos do que as mulheres e isso é fato, historicamente comprovado. Também fiz questão de chamar a atenção para uma associação muito grande que existe entre as doenças sexualmente transmissíveis e as patologias oncológicas. Por isso, o homem tem que ter esse conhecimento, tem que ter esse entendimento, tem que ter acesso a essas informações para que ele possa se cuidar melhor. E, cuidando de si, ele também possa cuidar de outros. Tendo saúde, ele pode cuidar das suas companheiras, pode cuidar das suas filhas, pode cuidar das suas mães, das suas enteadas, enfim, de uma gama de pessoas à sua volta. Então, são dois paradigmas que precisamos quebrar: o primeiro é o autocuidar-se e o segundo, o homem tem que ter acesso às informações que vão ajudar a lhe manter saudável, praticar e disseminar essas informações na sua casa, no seu meio de convivência, no trabalho, na igreja, disseminar no seu bairro, precisa ser um agente promotor da saúde”, finalizou o Presidente da EMSERH, Rodrigo Lopes.
Eduardo Ericeira