11 de julho de 2017

Casa de Apoio Ninar oferece arteterapia para tratamento das crianças com microcefalia

Casa de Apoio Ninar, novo espaço público recém inaugurado para atendimento a crianças com problemas neurológicos no Maranhão, vai oferecer o serviço da Arteterapia como tratamento complementar para os pacientes.

Muito usada no tratamento de crianças com problemas de neurodesenvolvimento, a arteterapia utiliza elementos da música, pintura em tela, do desenho, do artesanato, para estimular o paciente a extravasar tudo que o impede de desenvolver o autoconhecimento, o sistema cognitivo e a motricidade do corpo.

Para a terapeuta ocupacional com especialização em arteterapia, Rachel Azulay  responsável pela implantação dessa terapia complementar da Casa de Apoio Ninar, a arteterapia é importante para perceber a fragilidade sensorial e motora de cada criança, e com isso desenvolver melhor as atividades que surtirão efeitos rápidos e prolongados nela.  “As crianças portadoras de microcefalia, a partir da aplicação das técnicas de arteterapia, começam a perceber tudo que está ao seu redor. Os movimentos do corpo ficam mais ágeis, os sentidos ficam aguçados com memória e concentração ativadas. O equilíbrio das emoções e o laço com a mãe são fortalecidos, pois em todas as técnicas, a mãe está presente para estimular cada vez mais o vínculo e a criança se sentir segura”, explica Raquel Azulay.

Dinâmica de funcionamento

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Um grupo formado por cinco crianças, acompanhadas das mães, será atendido durante uma hora pela terapeuta ocupacional em três dias da semana. Ao final da semana, a terapeuta avalia os avanços da criança com o tratamento . “Nessa avaliação, observaremos se houve melhora significativa no vínculo com a mãe, se a criança está respondendo bem aos estímulos sensoriais e motores e se é capaz de perceber as sensações ao seu redor. Os resultados serão avaliados e, caso não haja resposta positiva, a criança será encaminhada para novas sessões de arte”, reforça Rachel Azulay.

A cada trimestre as atividades serão replanejadas para adequar as necessidades de cada grupo de família que chega à casa. “De três em três meses iremos trabalhar novas técnicas, conforme o diagnóstico e necessidade de cada criança e da mãe que o acompanha.”, finaliza a terapeuta.

Fonte: Secretaria de Estado da Comunicação

Daucyana Castro