Casa de Apoio Ninar, novo espaço público recém inaugurado para atendimento a crianças com problemas neurológicos no Maranhão, vai oferecer o serviço da Arteterapia como tratamento complementar para os pacientes.
Muito usada no tratamento de crianças com problemas de neurodesenvolvimento, a arteterapia utiliza elementos da música, pintura em tela, do desenho, do artesanato, para estimular o paciente a extravasar tudo que o impede de desenvolver o autoconhecimento, o sistema cognitivo e a motricidade do corpo.
Para a terapeuta ocupacional com especialização em arteterapia, Rachel Azulay responsável pela implantação dessa terapia complementar da Casa de Apoio Ninar, a arteterapia é importante para perceber a fragilidade sensorial e motora de cada criança, e com isso desenvolver melhor as atividades que surtirão efeitos rápidos e prolongados nela. “As crianças portadoras de microcefalia, a partir da aplicação das técnicas de arteterapia, começam a perceber tudo que está ao seu redor. Os movimentos do corpo ficam mais ágeis, os sentidos ficam aguçados com memória e concentração ativadas. O equilíbrio das emoções e o laço com a mãe são fortalecidos, pois em todas as técnicas, a mãe está presente para estimular cada vez mais o vínculo e a criança se sentir segura”, explica Raquel Azulay.
Dinâmica de funcionamento
Um grupo formado por cinco crianças, acompanhadas das mães, será atendido durante uma hora pela terapeuta ocupacional em três dias da semana. Ao final da semana, a terapeuta avalia os avanços da criança com o tratamento . “Nessa avaliação, observaremos se houve melhora significativa no vínculo com a mãe, se a criança está respondendo bem aos estímulos sensoriais e motores e se é capaz de perceber as sensações ao seu redor. Os resultados serão avaliados e, caso não haja resposta positiva, a criança será encaminhada para novas sessões de arte”, reforça Rachel Azulay.
A cada trimestre as atividades serão replanejadas para adequar as necessidades de cada grupo de família que chega à casa. “De três em três meses iremos trabalhar novas técnicas, conforme o diagnóstico e necessidade de cada criança e da mãe que o acompanha.”, finaliza a terapeuta.
Fonte: Secretaria de Estado da Comunicação
Daucyana Castro