14 de julho de 2017

Governo realiza capacitação em plantas medicinais para uso terapêutico pelo programa Farmácia Viva

Familiares de pacientes presos de justiça em tratamento no Hospital Nina Rodrigues, profissionais de nutrição da unidade e dos Centros de Atenção Psicossocial (CAPS) participaram, na quinta-feira (13), de uma das etapas da implantação do Farmácia Viva no hospital, sendo capacitados sobre a utilização de plantas medicinais para uso terapêutico, na forma de chás, pomadas, fricção, entre outros. A Farmácia Viva integra a rede hospitalar da Secretaria de Estado da Saúde (SES).

“O Farmácia Viva passará a funcionar com a implantação do horto medicinal no hospital, que deve acontecer no mês de agosto. Ele será cultivado pelos pacientes em tratamento. Os produtos e mudas serão utilizados pelos familiares, profissionais do hospital e comunidade, que vão transformar esses produtos em xaropes, chás e pomadas que vão ser utilizadas nas residências terapêuticas, nos CAPS e também aqui no hospital”, explicou o diretor geral do Hospital Nina Rodrigues, Ruy Cruz.

Os participantes do curso aprenderam sobre as doze plantas medicinais catalogadas dentro do Farmácia Viva e o uso terapêutico. A coordenadora do Farmácia Viva, a farmacêutica Kallyne Costa, ressalta que os cursos são uma forma de orientar a população, de forma técnica, a fazer o uso correto das plantas medicinais e tirar o melhor proveito delas no cuidado com a saúde.

“Além do trabalho terapêutico e das prescrições médicas com tratamentos à base de plantas medicinais, aqui no Hospital, o Farmácia Viva entrou na área da Oficina de Culinária, onde podemos trabalhar com um público pequeno de pessoas que têm interesse em se capacitar sobre o assunto, o que contribui para a disseminação da fitoterapia no cuidado com a saúde”, comentou.

Por mês, serão três aulas, sendo uma delas prática. Para os participantes, o curso foi uma ótima iniciativa. “Foi uma ideia excelente oferecer este curso para nós. No meu caso, como trabalho na cozinha da Residência Terapêutica, aqui no hospital, manipulo muitos alimentos. Hoje, eu sei muito mais sobre como aproveitar melhor a potencialidade de todos eles, bem como das plantas medicinas que teremos aqui no nosso horto”, contou Roseneide da Silva Barros, de 51 anos.

Em cada aula, são distribuídas apostilas com receitas e explicações sobre as plantas. “Acho ótimo o fato de contar com essas apostilas, porque a gente pode ter as receitas à nossa disposição. Eu, por exemplo, estava com dor de garganta e já testei um dos chás que tinham na apostila e melhorei 100%”, disse Roseneide da Silva.

Para Edna Lucia Coelho, de 47 anos, a utilidade do que aprendeu no curso foi o que mais chamou atenção. “Eu fiquei muito feliz por saber que vou poder ajudar as pessoas ao meu redor com coisas simples, que estão ao meu alcance”, comentou.

Gisele Lima Serra, de 43 anos, contou que aprendeu a fazer muitos chás com a mãe. Mas descobriu, no curso, que a forma de fazer não era a mais adequada. “Minha mãe sempre me ensinou a tratar problemas de saúde com plantas naturais, mas descobri hoje que fazia vários dos chás que tomo da maneira errada. Hoje, já vou fazer meu chá de couve, que tomo toda noite para tratar o estômago, da forma correta e com certeza vai melhorar ainda mais minha saúde”, disse.

Horto

Na horta medicinal do Hospital Nina Rodrigues serão cultivadas plantas medicinais como mastruz, erva cidreira, hortelã da folha grossa, camomila, entre outros. As espécies, apesar de não substituírem a medicação tradicional, auxiliam no tratamento de diversos problemas de saúde como gastrites, ansiedade, dores musculares, diabetes, entre outros.

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Daucyana Castro