Por meio de transmissão virtual, o Governo do Maranhão realizou, nesta segunda-feira (1), a abertura do ano letivo dos programas de residência médica e multiprofissional estadual. Participaram da solenidade virtual, o governador do Maranhão Flávio Dino; o secretário de Estado da Saúde, Carlos Lula; o secretário de Estado de Políticas Públicas, Marcos Pacheco; o presidente da EMSERH, Marcos Grande; a diretora da Escola de Saúde Pública, Ana Lúcia Nunes; reitores de instituições de ensino, autoridades e os residentes.
A solenidade foi iniciada com a exibição de um vídeo (clique aqui) produzido pela EMSERH com o histórico das residências. Os programas de residências aprimoram as competências técnicas em 12 áreas de atuação, como clínica médica, cirurgia geral, cirurgia básica, cancerologia cirúrgica, cirurgia do aparelho digestivo, dermatologia, ortopedia e traumatologia, pediatria, psiquiatria, urologia, atenção em oncologia e neonatologia. Este ano os programas estão ofertando 55 vagas: 24 para residência multiprofissional e 31 para residência médica.
O governador Flávio Dino discursou e afirmou que o Maranhão tem hoje a maior rede pública de saúde da história do Estado. Reafirmou a entrega de mais 132 leitos na capital e interior no combate ao coronavírus e parabenizou o programa de residência.
“Nesse momento difícil e complexo da saúde pública no Maranhão por múltiplas razões, valorizo esse programa. Não há dúvida da relevância sublinhada nessa hora tão difícil. Hoje, o Maranhão é o estado com a menor taxa de letalidade por covid 19 via esforços feitos, em parceria com as instituições de ensino e profissionais de saúde dedicados nesse período terrível. Não fosse o SUS as tragédias seriam ainda maiores. Temos um ambiente de dores e perdas, mas pior seria se não houvesse o SUS, com suas virtudes ao acesso e a eficiência desses profissionais salvando vidas. Desejamos que esses novos profissionais residentes intensifiquem esforços voltados a superação desse quadro desafiador e se dediquem a nossa população, porque somos todos brasileiros e acima de tudo somos seres humanos, precisamos de empatia, solidariedade e fraternidade”, afirmou Flávio Dino.
O médico Francisco Márcio Casarim Júnior, natural de Santa Catarina, representou os residentes da nova temporada. “Queria agradecer pelo convite em representar todos os residentes, mesmo vindo de tão longe. Estou muito feliz em estar em território maranhense, fui bem acolhido e as expectativas com esta residência são altas e grandes mesmo diante do cenário atual”, refletiu.
A diretora da Escola de Saúde Pública, Ana Lúcia Nunes, também deu as boas-vindas aos residentes e abordou a ampliação da residência e interiorização da qualificação dos profissionais.
“A ampliação do programa de residência no Maranhão tem sido insistente e bem trabalhada desde o início da gestão do governador Flávio Dino, para podermos qualificar a atenção da saúde em todas as categorias profissionais. Desde 2015, estamos investindo na perspectiva de interiorizar as residências, tanto médica como multiprofissional, a exemplo de Caxias que realizamos em parceria com a Uema, as duas residências já aprovadas para o próximo ano em Imperatriz, em Presidente Dutra com trauma e ortopedia, Pinheiro, Santa Inês e ampliação aqui em São Luís, na área de ginecologia e obstetrícia que tem grande demanda. É o fortalecimento que todos os usuários do SUS precisam. O SUS é muito forte, porque ele tem essa possibilidade de trazer formação e devolver para assistência um serviço qualificado”, completou Ana Lúcia.
Logo após as falas das autoridades, teve início a aula magna “As residências em saúde como estratégia de fortalecimento da rede de atenção a saúde”, com professora Maria Tereza Seabra, mestre em saúde e ambiente pela UFMA, doutora em Medicina Preventiva (SP), professora titular da UFMA e médica do Governo do Estado do Maranhão.
“O crescimento da residência no estado do Maranhão é um fator de alegria. Parabenizo pelo desenvolvimento o governo estadual, a EMSERH, a Secretaria de Estado da Saúde e todas autoridades nesse momento tão especial para o nosso governo e no SUS. Demonstra o esforço, ao avanço e as expectativas de qualificar e fixar esse profissional, ofertar qualificação com diversos conhecimentos, propiciar a esse profissional vivenciar as questões mais práticas e retornar esse serviço, dirimindo esse sofrimento da população”, explicou Maria Tereza.
A residência médica em saúde no Maranhão iniciou em 2010 e a residência multiprofissional foi iniciada em 2018. Ao longo desses anos, foram 211 profissionais capacitados.
Daucyana Castro