Com estoque crítico, o Centro de Hematologia e Hemoterapia do Maranhão (Hemomar) tem reforçado o apelo para a doação de sangue. As doações, que já vinham diminuindo ao longo dos últimos anos, caíram ainda mais desde o início da pandemia. Março fechou com praticamente 100% dos estoques de sangue em um patamar considerado crítico, mesmo com a coleta de um número superior de bolsas, se comparado ao mesmo período no ano passado.
Apenas os tipos AB+ e AB– apresentam quantidades consideradas mínimas. Todos os demais tipos sanguíneos (A+, A–, B+, B–, O+ e O–) encontram-se em situação crítica de armazenamento. No mês de março, foram coletadas 3.456 bolsas, número maior do que no ano passado, quando foram coletadas 2.696 bolsas de sangue.
Contudo, o Hemomar alerta que não há o que comemorar, uma vez que em 2020 as doações já haviam sido afetadas pela pandemia. Em média, são coletadas de 130 a 150 bolsas por dia, quando o recomendado mínimo seria de 250 bolsas para se ter um estoque seguro.
“Mesmo com toda dificuldade, muito provocada pela pandemia, a equipe trabalha forte e diariamente para melhorar os estoques de bolsas de sangue. É bom lembrar que estamos vivendo ainda um segundo pico de pandemia, mas as pessoas podem vir doar, pois tomamos todos os cuidados para segurança dos nossos profissionais, e claro, do público doador”, ressalta a diretora geral do Hemomar, Clícia Galvão.
O Hemomar funciona de segunda a sexta, das 7h30 às 18h, e aos sábados de 7h30 às 12h. Para doar sangue, a pessoa precisa, entre outros pré-requisitos, estar saudável, pesar acima de 50 quilos, estar alimentada, levar um documento oficial com foto e não ingerir alimentos gordurosos nas horas que antecedem a doação. Além dos pré-requisitos já conhecidos, antes da doação, o doador passa por uma triagem que avalia outros critérios.
Quem tem 16 e 17 anos também pode doar, desde que acompanhado do responsável legal, que assinará um documento de autorização.
Eduardo Ericeira