Por Daucyana Castro
Primeiro hospital exclusivo para tratamento e combate ao novo coronavírus no Maranhão, o Hospital de Cuidados Intensivos (HCI) completou na primeira semana de abril um ano de funcionamento. Localizado na Avenida Jerônimo de Albuquerque, em São Luís, o hospital foi inaugurado em abril, pelo Governo do Estado do Maranhão, e já atendeu 13.873 pacientes, sendo destes 10.896 em ambulatório e 2.977 em internação.
“O HCI é, para nós, um marco na assistência aos pacientes com a Covid-19. Uma unidade que comprova o padrão SUS de qualidade, que oferece atendimento qualificado a todos, sem distinção. Cada pessoa recuperada no HCI, ao longo do último ano, é fruto da dedicação de cada profissional e de toda uma gestão comprometida com a vida de cada maranhense”, destaca o secretário de Estado da Saúde, Carlos Lula.
A unidade de saúde, gerenciada pela Empresa Maranhense de Serviços Hospitalares (Emserh), integra a rede de atendimento da Secretaria de Estado da Saúde (SES) a pacientes com a doença, com a disponibilização de 73 leitos de UTI e 161 de enfermaria. No total, 559 profissionais atuam na linha de frente no combate ao novo coronavírus na unidade.
“Um ano de muitos esforços para tratar e curar quem precisou de atendimento. Um ano também de muita luta dos profissionais de saúde. Estivemos empenhados em promover as condições necessárias para que esse profissional pudesse fazer o atendimento com o máximo de segurança e proteção individual. Nossos agradecimentos a todos que lutaram e têm lutado conosco durante um ano. Vamos continuar até que o último maranhense seja curado e vacinado”, destaca o presidente da Emserh, Marcos Grande.
A equipe médica e multidisciplinar inclui médicos especializados, enfermeiros, fisioterapeutas, nutricionistas, psicólogos, assistentes sociais, dentre outros. “Lutamos incansavelmente e ainda temos mais a oferecer. A nossa satisfação em ver a felicidade dos pacientes em voltar para casa. Isso nos fortalece e nos dá mais forças para salvar vidas”, pontuou Luís Henrique Malfitano, diretor administrativo do HCI.
O diretor clínico do hospital, Marcus Grangeiro, diz que a sensação é a de dever cumprido. “É com sentimento de gratidão que encaramos esse primeiro ano na frente do HCI. Um desafio gigantesco de uma doença desconhecida, que nos fez nos afastarmos e até perdermos entes queridos. Mas, cada alta que tivemos na nossa unidade, traz a sensação de dever cumprido. Pedimos a Deus serenidade e mais força para que possamos lutar pela saúde da nossa população”, frisou Marcus Grangeiro.
Dona Maria de Lourdes Silva, de 77 anos, e a filha Leila Maria, de 57 anos, são pacientes tratadas e recuperadas no HCI. Mãe e filha se internaram juntas na unidade. Elas vieram do município maranhense de São Bernardo em busca de tratamento. “Estou muito feliz. Ficamos internadas no mesmo apartamento. Fomos bem tratadas por enfermeiros, médicos e todos os funcionários do hospital. Meu momento agora é de alegria e meu coração é grato. Estamos voltando pra casa”, declarou a idosa de 77 anos.
Para a responsável técnica de Psicologia do HCI, Caiubi Lima Rubim, o hospital é sinônimo de assistência profissional e dedicação em prol da vida de todos. “Entre os mistérios de uma nova doença e o compromisso de nos dedicarmos à saúde e qualidade de vida do povo maranhense, sorrimos a cada recuperação alcançada e choramos em cada perda das famílias. Por vezes nos sentimos temerosos, mas permanecemos fortes e confiantes na vitória contra o vírus. Nunca passamos por uma pandemia dessa proporção, mas com certeza estamos fazendo o melhor possível nesse momento. Desejo perseverança e alento a todos nós profissionais do HCI”, disse a psicóloga.
Daucyana Castro