Fotos: Francildo Falcão
A Empresa Maranhense de Serviços Hospitalares (EMSERH), realizou no auditório Fernando Falcão, na Assembleia Legislativa do Maranhão, a solenidade de abertura do curso de implantação do Sistema de Informações de Custos (SIC), por meio da adesão ao Programa Nacional de Gestão de Custos (PNGC), em parceria com o Ministério da Saúde.
“Esse encontro faz parte de um planejamento da EMSERH, no sentido de dar mais eficiência, mas eficácia ao nosso trabalho. A gestão de custos é um tema moderno, presente na administração pública e estamos aderindo a esse programa gratuito do Ministério da Saúde, para levar para nossas unidades, melhores tomadas de decisões, saber de fato quais os custos, quais as realidades financeiras de cada uma, para conseguirmos otimizar ainda mais os custos das unidades administradas pela EMSERH”, pontuou o Presidente da EMSERH, Marcello Duallibe.
A EMSERH com isso, dará celeridade e padronização no processo de apuração e gestão de custos das unidades de saúde com a capacitação dos servidores com o curso de ‘gestão de custos em saúde’. Representantes das dez unidades de saúde administradas pela EMSERH, aonde serão implantados primeiramente o sistema estiveram presentes e passaram pela capacitação.
“Nesse primeiro momento estamos fazendo um piloto com dez unidades, mas ao longo desse ano e do próximo vamos avançar para toda rede EMSERH. A adesão por completo ao programa, vai nos permitir fazer uma comparação entre as unidades administradas pela EMSERH, e com isso, identificar melhor, aonde estão os nossos custos, como está sendo feita a gestão desses custos, quais unidades estão sendo mais eficientes na contenção e execução dos seus serviços. É fundamental termos esse acompanhamento para melhor administrar os nossos recursos”, ressaltou o Diretor Financeiro, Wanderson Batista.
O novo sistema vai possibilitar a ampliação da oferta de serviços em uma unidade, a terceirização ou aquisição de determinados serviços ou insumos, a realização do controle de custos de consumos, em conformidade com os serviços realizados em cada unidade. Outro benefício é o de contingenciar estoque de insumos, além de outras ações que possam viabilizar a melhoria na prestação dos serviços à população maranhense.
“Momento muito importante para alinharmos pautas relacionadas a custos, justamente neste momento em que temos que fazer uma ginástica administrativa-financeira para fazer o financiamento do nosso Sistema Único de Saúde. Todos sabemos que o sistema é muito resolutivo, mas precisamos atravessar critérios burocráticos que passam pelo sub financiamento do SUS. Portanto, é um desafio dos estados, municípios e da federação dar condições para que possamos continuar cumprindo e exercendo essa política pública tão importante para o nosso estado e país. É importante ressaltar que nos últimos anos, a rede estadual de saúde teve um processo de expansão, fruto de um trabalho dedicado e precisamos manter esses serviços funcionando e com qualidade”, reforçou o Secretário Estadual de Planejamento e Orçamento, Vinícius Ferro.
Na primeira etapa do projeto, os servidores tiveram acesso à metodologia. Em uma das etapas subsequentes do curso, acontecerá a realização do acesso à ferramenta Apurasus. A tecnologia permite, por exemplo, identificar o custo de cada item consumido na prestação de serviços de saúde, seja um insumo, um serviço terceirizado, a mão de obra, entre outros itens. A ferramenta possibilita ainda, a geração de informações como o custo por paciente atendido, por cirurgia realizada, por tipo e porta da unidade de saúde, entre outros indicadores.
“É uma ferramenta para que o gestor possa tomar decisões em cima de algum indicador, neste caso indicador de custos para unidades de saúde geridas pela EMSERH. Então é importante contar com essa ferramenta para que possam ser tomadas decisões alocativas em relação ao aumento de eficiência que é um princípio constitucional, e ao mesmo tempo, ter condições de melhorar a sustentabilidade do SUS das unidades. Com o Apurasus, essas unidades vão preencher as informações de custo, e a partir daí, terão relatórios com indicadores de custos. Quem está conduzindo a ação, deve monitorar, avaliar, realizar estudos, análises em cima das informações, para otimizar os gastos. O Ministério da Saúde dá o apoio técnico de forma integral e continuada”, explicou o coordenador de gestão de recursos do Ministério da Saúde, André Alcântara.
Vanessa Karinne Selares Ribeiro Ferreira