Fotos: Francildo Falcão e Ricardo Zacheu
O Governo do Estado do Maranhão comemorou nesta sexta (26), os 104 anos do Instituto Oswaldo Cruz/Laboratório Central do Estado do Maranhão (IOC/LACEN-MA), em São Luís. A unidade integra a rede de Estado da Saúde e é gerenciada pela Empresa Maranhense de Serviços Hospitalares (EMSERH).
“Uma grande transformação social foi vista na saúde pública do Maranhão. Temos uma equipe comprometida e conta com a melhor equipe de profissionais de saúde do Brasil. Algo que precisa ser ressaltado também é que o Lacen foi talvez o protagonista do período mais turbulento que a saúde pública no mundo passou que foi a pandemia. O Maranhão aplaude o Instituto Oswaldo Cruz. O Maranhão aplaude os profissionais do Lacen. Os sete milhões de maranhenses aplaudem todos que fazem o Lacen, pela garra e abdicação que vocês tiveram e tem para atender todos os maranhenses”, pontuou o secretário de Estado da Saúde, Tiago Fernandes, que na ocasião representou o governador Carlos Brandão.
Durante a solenidade foi anunciada a expansão do diagnóstico da raiva no estado. A implantação desse serviço se deu graças a celebração de um Termo de Cooperação Técnica entre a Secretaria de Estado da Saúde (SES), IOC/LACEN-MA e a Agência Estadual de Defesa Agropecuária (AGED).
“É uma data histórica, uma instituição centenária, importante instrumento da saúde pública do Maranhão. O IOC Lacen é responsável pelo diagnóstico de diversas doenças, laboratório com equipamentos de alta tecnologia e profissionais qualificados. E hoje, além dos 104 anos, também estamos comemorando a expansão do laboratório, na macrorregião sul do Maranhão. O Governo do Estado, ainda no ano passado, inaugurou o Lacen em Imperatriz que atende mais de 30 municípios vizinhos e ainda temos a expansão na unidade em São Luís para o diagnóstico da raiva, seguimos avançando com a construção de uma saúde pública de qualidade no Maranhão”, destacou o presidente da EMSERH, Marcello Duailibe.
Na oportunidade foi exibido um vídeo contando a história do IOC/LACEN-MA, desde a inauguração até os dias atuais. A programação incluiu homenagens à autoridades presentes e aos colaboradores que fazem parte da história do Lacen, como a encarregada administrativa Zilda Brito, que trabalha no Laboratório Central do Maranhão há mais de três décadas.
“Pra mim é um momento muito importante, estou muito grata pelos 31 anos dedicados ao Instituto Osvaldo Cruz, eu sou só felicidade por tudo que já passei aqui e pelo quanto que eu pude contribuir com a saúde do Maranhão”, ponderou.
Histórias de vida que se confundem com a história do laboratório, como a do senhor João Batista Sousa, são quase cinco décadas trabalhando no Lacen.
“Afinal são 47 anos! Eu sempre me identifiquei com esse tipo de trabalho, e dentro das minhas possibilidades, sempre procurei atender da melhor forma possível quem nos procura, o que o paciente exige. Aqui temos o primeiro contato com o paciente, é muito bom olhar que as pessoas, sejam crianças, jovens, adultos ou idosos, saem satisfeitos com o atendimento que nós dispensamos a eles, isso é gratificante”, ressaltou o farmacêutico bioquímico, que trabalha na recepção do Lacen.
Atualmente, o IOC/LACEN-MA é o laboratório referência no estado do Maranhão. Com abrangência nos 217 municípios do Maranhão, o Laboratório Central possui equipamentos de alta tecnologia, além de profissionais capacitados na realização de análises de média e alta complexidade.
A unidade auxilia no reconhecimento de dengue, zika vírus, chikungunya, leptospirose, leishmaniose canina e humana, doença de chagas, coqueluche, difteria, tuberculose, hanseníase, HIV, herpes, hepatites A, B e C, assim como influenza, rotavírus, sífilis e rubéola congênita, e agora também, promove o diagnóstico da raiva.
“O Instituto Oswaldo Cruz foi criado com o propósito de criação de vacinas. Em 2005 recebemos uma atribuição a mais, de ser o laboratório de referência para exames de alta e média complexidade. Portanto surgiu uma necessidade de ter um maior controle das doenças que possam estar circulando no Maranhão, por se tratar de um estado turístico, portuário e isso faz com que, vírus, bactérias, fungos e outros problemas de saúde pública no país ou até mundial, possam ser introduzidos no nosso estado. Portanto, precisamos estar vigilantes e identificar o que está acontecendo em nossa população. Neste contexto estamos equipados e preparados para dar uma resposta conclusiva a algum caso que esteja sob investigação no estado, além disso coordenamos toda rede laboratorial do Maranhão capacitando a equipe técnica e fazendo o controle de qualidade para garantir que os exames estão sendo feitos de forma adequada”, reforçou o diretor geral do IOC LACEN, LÍdio Gonçalves Lima Neto.
Daucyana Castro