Por Samir Aranha
Fotos: Ricardo Zacheu
O Hospital da Ilha realizou, nesta quarta-feira (14), um ciclo de atividades em alusão ao mês de conscientização e prevenção às queimaduras. Palestras e oficinas aos colaboradores da instituição alertam para os manejos específicos ao tratamento de queimados.
Unidade da rede da Secretaria de Estado da Saúde (SES), e administrada pela Empresa Maranhense de Serviços Hospitalares (EMSERH), o Hospital da Ilha é pioneiro na formulação de uma Unidade de Tratamento de Queimados (UTQ), que via regulação atende a pacientes de todo o Estado.
A campanha Junho Laranja 2023, promovida pela Sociedade Brasileira de Queimaduras (SBQ), tem o objetivo de alertar a população e autoridades sobre os riscos de acidentes com queimaduras e os traumas que podem causar. Neste ano, o tema gira em torno da eletricidade e tem como slogan “Não se choque. Eletricidade queima”.
A diretora administrativa do Hospital da Ilha, Letícia Sousa Silva, destacou a importância da ação. “A campanha Junho Laranja é um momento crucial para conscientizar a sociedade sobre a importância da prevenção de queimaduras. A cor laranja é adotada como símbolo da campanha, representando a energia e a atenção necessárias para combater esse grave problema de saúde pública”, comentou.
Segundo a coordenadora da UTQ do Hospital da Ilha, Silvia Pinheiro, o tema é especialmente relevante no contexto maranhense, em que a maioria dos atendimentos em queimaduras graves tem origem a partir de acidentes com eletricidade. “Para se ter uma ideia do volume de atendimentos, dos oito pacientes queimados internados no hospital nesse momento, três são oriundos de acidentes com eletricidade”, destacou.
O médico intensivista do Hospital da Ilha, André Rossano, exemplificou em sua palestra as peculiaridades do manejo de pacientes queimados. “É importante que todos os profissionais de saúde, não apenas aqueles diretamente ligados ao atendimento especializado, conheçam as rotinas específicas de atendimento emergencial de queimados, pois a estabilização e as primeiras 48 horas são fundamentais à sobrevivência desse paciente”, explicou.
A enfermeira Milka Borges da Silva, voluntária da Associação Maranhense de Apoio a Sobreviventes de Queimaduras (Amasq), destacou a importância da campanha e da atuação do Hospital da Ilha no tratamento a queimados. “É importante lembrar e conscientizar o quão difícil e prolongado é o tratamento de grandes queimaduras, cuja prevenção é o melhor remédio. Do mesmo modo, a existência de uma UTQ pública e de qualidade é uma conquista de toda a sociedade, pois ter a certeza de um bom atendimento é fundamental para salvar vidas e reabilitar os pacientes”, disse.
Vanessa Karinne Selares Ribeiro Ferreira