Por Daucyana Castro
A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) divulgou o Relatório da Avaliação Nacional das Práticas de Segurança do Paciente: hospitais com Unidade de Terapia Intensiva (UTI) – 2023. O documento aponta a qualidade dos serviços de saúde. A avaliação é realizada nos hospitais de todo o Brasil. Três unidades de saúde do Estado do Maranhão gerenciadas pela Empresa Maranhense de Serviços Hospitalares (EMSERH) alcançaram alta conformidade no ano passado. São elas o Hospital de Cuidados Intensivos (HCI) em São Luís, o Hospital Alarico Nunes Pacheco em Timon e o Hospital Macrorregional Dr. Everaldo Aragão em Caxias.
“Os resultados apresentados neste relatório revelam que o Governo do Estado, a Secretaria de Estado da Saúde e a EMSERH, por meio dos nossos serviços de saúde, empreenderam esforços e ações locais de melhoria destes indicadores. São ações de implantação de práticas seguras e minimização de riscos e danos aos pacientes, melhorando cada vez mais a assistência prestada aos usuários do SUS”, frisou o presidente da EMSERH, Marcello Duailibe.
Em 2023, 1.442 hospitais de todo o país com UTI participaram da etapa de preenchimento e envio do formulário de avaliação das práticas de segurança do paciente. Do Maranhão entraram ainda no relatório outras 11 unidades de saúde, entre públicas e privadas. A classificação dos serviços de saúde é avaliada entre baixa, média e alta conformidade, que pode chegar à 100%.
De acordo com a diretora geral do Hospital Alarico Nunes Pacheco, em Timon, uma das instituições que alcançou alta conformidade, o desfecho dessa avaliação enfatiza o compromisso constante dos profissionais de saúde com as metas internacionais para garantir a segurança do paciente. Eles se esforçam para oferecer cuidados seguros e de alta qualidade, respaldados pelo apoio integral da gestão. “Temos reuniões mensais onde discutimos todos os indicadores e estudamos melhorias. Ter alta conformidade é algo que nos deixa bastante feliz”, disse Ana Patrícia Bringel.
ITENS DE CHECAGEM
São 21 itens de checagem. Entre os critérios de avaliação estão: Núcleo de Segurança do Paciente instituído; Plano de segurança do paciente (PSP) implantado; Protocolo de prática de higiene das mãos implantado; Protocolo de cirurgia segura implantado; Protocolo para prevenção de quedas; Protocolo para segurança na prescrição, uso e administração de medicamentos implantado; Protocolo para a prevenção de infecção primária de corrente sanguínea, entre outros.
Para a diretora geral do Hospital Macrorregional Dr. Everaldo Aragão, em Caxias, Rayara Martins, o objetivo é sempre alcançar os melhores resultados possíveis para o paciente. “A segurança do paciente é uma prioridade para nossa equipe de profissionais. Estamos comprometidos em fornecer o melhor atendimento possível, minimizando os riscos e danos aos pacientes durante a internação. Cada unidade hospitalar possui características distintas e, portanto, apresenta riscos específicos. Na UTI, o paciente crítico necessita de vigilância e assistência constantes, o que exige uma equipe altamente qualificada e atenta para intervir imediatamente em qualquer situação. Estamos orgulhosos do brilhante resultado publicado pela ANVISA em seu último relatório e acreditamos que medidas simples podem e devem ser implementadas de forma prática e objetiva por todos os nossos profissionais”, disse.
CONSTRUÇÃO COMPARTILHADA
“Esse resultado é uma construção compartilhada das boas práticas do Núcleo de Segurança do Paciente, com outras comissões do hospital, equipe multidisciplinar e demais parceiros que fazem acontecer a assistência dentro da unidade. É o trabalho de uma equipe que busca diuturnamente as melhorias da assistência, um trabalho árduo, mas compensador e que mostra que estamos no rumo certo”, destacou a enfermeira do Núcleo de Segurança do Paciente do macrorregional de Caxias, Mayanny Araújo Coimbra.
Assistência essa que salvou a vida de Adriana Pereira da Silva, 32 anos, moradora do município de Lago da Pedra. Ela foi sofria de um aneurisma, foi atendida na unidade, submetida à procedimento cirúrgico, passou pela UTI e agora aguarda alta em ambulatório. “Atendimento excelente não só da UTI como do hospital todo. Não tenho o que reclamar. Sempre me senti segura na unidade. Eles salvaram minha vida”, comentou Adriana.
Daucyana Castro