O Governo do Estado e o Ministério da Saúde ampliaram a oferta da radioterapia no Maranhão, com o anúncio da aquisição do primeiro acelerador linear do estado, pertencente ao Plano de Expansão da Radioterapia. A nova estrutura será equipada com uma sala de moldes, uma sala fabricação de próteses, além de uma sala vermelha para dar suporte aos pacientes que precisem de atendimento urgente.
A obra do bunker do Hospital de Câncer do Maranhão vai ser iniciada no segundo semestre de 2018. O equipamento será instalado no Centro de Saúde Dr. Genésio Rego, na Vila Palmeira. Ao todo, serão investidos mais de R$ 4,7 milhões na aquisição e instalação do equipamento.
Para a secretária adjunta de Assistência à Saúde da SES, Carmem Belfort, a instalação do aparelho vai ampliar o atendimento de radioterapia no estado, o que irá permitir um melhor tratamento oncológico aos pacientes. “Teremos uma melhora bastante significativa no atendimento aos pacientes com câncer no estado. E tudo isso proporciona uma vida melhor a estas pessoas. Hoje já temos um serviço de referência no tratamento a estes pacientes e com o novo acelerador linear vamos nos firmar ainda mais naquilo que já fazemos aqui”, afirmou.
As instalações exigem espaço físico com características peculiares e distintas das construções tradicionais de estabelecimentos e unidades de saúde, uma vez que envolve, por exemplo, sistemas de climatização específicos, refrigeração da água, sistema elétrico diferenciado e maior espessura das paredes.
De acordo com a secretária adjunta de Engenharia e Manutenção da SES, Thais Farias, a previsão de finalização da obra é para setembro de 2019, visto que os aceleradores lineares são equipamentos de altíssima complexidade tecnológica. “É uma obra muito complexa. O bunker vai ficar no térreo e será preciso construir toda essa estrutura e colocar o acelerador linear bem no centro”, afirmou.
O projeto do estado do Maranhão será executado dentro das atividades previstas do Plano de Expansão da Radioterapia, visto que os aceleradores lineares são equipamentos de altíssima complexidade tecnológica e não podem ser instalados sem os devidos cuidados com a proteção radiológica.
Para Stênio Roberto de Castro Lima Santos, diretor clínico do Hospital de Câncer do Maranhão, com o aparelho será possível atender mais pessoas em um intervalo de tempo curto. “É importante, pois é o principal equipamento do tratamento radioterápico dos pacientes com doenças oncológicas, independentemente do local da doença. Será possível atender mais gente em menos espaço de tempo”, afirmou Stênio Santos.
Acelarador linear
O acelerador linear é um equipamento que gera uma forma de radiação, através de corrente elétrica, e o aparelho direciona para a área que se deseja tratar. Essa radiação no tecido doente promove a destruição do mesmo – basicamente, o equipamento vai produzir essa radiação a partir da energia elétrica.
Por ser um equipamento de alta complexidade, o Instituto Nacional de Câncer (INCA) exige uma equipe multidisciplinar especializada – formada por médicos oncologistas com especialização em radioterapia, físico médico, enfermeiro oncologista, técnicos e equipe de apoio – para atender aos pacientes. Por isso, o Centro de Saúde Genésio Rego funcionará inclusive como leito de retaguarda para possíveis pacientes.
Fonte: Secretaria de Estado da Saúde (SES)
Daucyana Castro