A Campanha Agosto Dourado, de estímulo ao aleitamento materno, teve uma programação educativa com a equipe do Hospital Infantil Dr. Juvêncio Mattos e da residência multiprofissional. Fisioterapeutas, enfermeiros, terapeutas ocupacionais, fonoaudiólogos, nutricionistas, psicólogos entre outros profissionais assistiram à palestra “O aleitamento materno: desafios da prática no contexto da prematuridade”, ministrada pela enfermeira Eremita Val Rafael.
Para a enfermeira e consultora do Ministério da Saúde, Eremita Val Rafael, o estímulo e a introdução à amamentação precisam do suporte da equipe. “Nós abordamos o aleitamento materno do recém-nascido pré-termo, o bebê que nasceu antes do tempo e tem dificuldade inicial para mamar no peito e depende muito da ação dos profissionais de saúde. Procuramos passar para os residentes que o aleitamento materno depende do bebê e da mãe, o profissional precisa entender esse momento do bebê para não perder o tempo. Se o recém-nascido passar muito tempo na sonda é prejuízo para ele e se a gente antecipar esse momento, colocar o bebê para se amamentar antes do tempo, também é prejudicial. Então é importante esse entendimento e respeitar esse processo do aleitamento materno”, esclareceu.
Residente em psicologia, Mariléia Miranda, destacou a importância do conteúdo para o trabalho que exercem. “Muitas vezes, os profissionais acabam entrando naquele modelo mais automático e com essas ações acontecendo de forma mais rotineira estimula essa participação dos profissionais, garante a interação. É bom lembrar que são os profissionais que estimulam a amamentação entre os pais. Em muitas situações a mãe não sabe amamentar, não tem o conhecimento, o bebê também lógico não sabe, então o aprendizado é para os dois e o profissional capacitado é importante para isso, para fomentar, para instruir, ajudar ambos”, ressaltou.
A programação do Agosto Dourado está sendo celebrada nas maternidades que compõem a rede estadual de saúde. “O Agosto Dourado representa a luta pelo incentivo à amamentação. A cor dourada está relacionada ao padrão ouro de qualidade do leite materno. Neste cenário, a residência entra como facilitador e como multiplicador do Agosto Dourado”, frisou Roama Paulo, coordenadora do programa de residência multiprofissional em neonatologia da Secretaria de Estado da Saúde.
De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS) e Unicef cerca de 6 milhões de vidas são salvas anualmente por causa do aumento das taxas de amamentação exclusiva até o sexto mês de idade. Porém, no Brasil, apenas 39% dos bebês têm essa amamentação exclusiva até este período.
Eduardo Ericeira