O Governo do Estado, por meio da Secretaria de Estado da Saúde (SES), avaliou o índice de satisfação de quem precisa de assistência médica nas Unidades de Pronto Atendimento (UPAs) que integram a rede estadual de saúde. A pesquisa constatou que 83% dos entrevistados mostraram-se satisfeitos com o serviço.
Entrevistados em UPAs de São Luís responderam perguntas relacionadas ao nível de satisfação, tempo de espera, eficácia do atendimento, resolutividade, capacidade técnica, eficiência dos profissionais, dentre outras. Em geral, os números apontam a melhoria dos serviços prestados, resultado do esforço da atual gestão para ampliar a assistência, oferecendo um serviço de saúde relevante. Para o secretário Carlos Lula, a iniciativa segue o princípio de universalização do Sistema Único de Saúde (SUS), que garante a saúde como um direito de cidadania de todas as pessoas.
“Nossas equipes nas Unidades de Pronto Atendimento têm se esmerado em oferecer atendimento humanizado. Nosso desafio diário é promover a democratização do acesso à saúde e fazer isso de forma eficaz, com qualidade, tornando a satisfação das pessoas que buscam a rede pública de saúde cada vez mais abrangente”, afirmou Carlos Lula.
No total, 11 Unidades de Pronto Atendimento (UPAs) integram a rede estadual de saúde. Seis em São Luís e região metropolitana – UPA Araçagi, UPA Cidade Operária, UPA Itaqui-Bacanga, UPA Parque Vitória, UPA Vila Luizão e UPA Vinhais -, e cinco no interior – UPA Codó, UPA Coroatá, UPA Imperatriz, UPA São João dos Patos e UPA Timon.
Em relação à qualidade do serviço das UPAs, 49% consideram que mudou para melhor e 96% afirmam ter conseguido atendimento quando precisaram. Sobre o problema que levou o paciente à unidade, 50% declararam que houve resolutividade e apenas 5% relataram o contrário; os outros 45% precisaram dar continuidade em hospitais de referência. Foi de 95% o total de pacientes que avaliaram como respeitosos e competentes a equipe de trabalho das UPAs e, dentre os problemas que levam os pacientes às UPAs, dor no corpo, febre, e sintomas de viroses são os mais recorrentes.
Classificação Eficiente
Era 11h30 quando Mônica Vieira, filha da autônoma Maria da Graça Vieira, já estava sendo atendida na sala de medicação da UPA Vinhais. Por volta das 10h50, elas chegaram à unidade devido aos sintomas do Zika Vírus. “Viemos pensando que iríamos demorar mais, pois ela estava acostumada a vir na UPA. Porém logo ela foi atendida e nós pudemos comprovar que o atendimento melhorou mesmo”, contou Maria da Graça.
Segundo a diretora administrativa da UPA Vinhais, Ana Caroline Hortegal, dentro do protocolo de atendimento funciona a classificação de risco, que avalia o grau de necessidade do atendimento de urgência ou emergência do paciente, o que influencia diretamente no tempo de espera. “Esse é um protocolo do Ministério da Saúde baseado no princípio de equidade do SUS”, afirmou a diretora.
Pelo princípio de equidade, apesar de todas as pessoas possuírem direito aos serviços, elas não são iguais, e, por isso, têm necessidades distintas. “Dentro das unidades cada paciente possui uma necessidade diferente. O que precisa ser entendido é que a assistência é garantida a todos, porém não no mesmo tempo”, explicou Caroline Hortegal.
Anteriormente, os pacientes já eram direcionados ao atendimento de acordo com a gravidade dos casos. Porém, desde o mês passado, um modelo mais eficiente de acolhimento por classificação de risco foi adotado, usando pulseiras e adesivos para identificação nos pacientes. Em média são realizados cerca 600 atendimentos por mês na unidade, 100 a mais que na UPA Araçagi, que atende por mês cerca de 500 pacientes.
A UPA Araçagi é considerada de porte 3 por conter leitos de internação divididos em ala amarela e vermelha. Segundo a coordenadora administrativa, Caroline Melo, é necessário manter a equipe aprimorada para lidar com a alta demanda. “Para manter a qualidade dos nossos serviços, constantemente realizamos trabalhos de capacitação com os profissionais para que o atendimento prestado seja sempre de alto nível. É uma satisfação quando vemos um paciente saindo da unidade satisfeito com a assistência que recebeu”, relatou a coordenadora.
Para a recepcionista Lidiane Silva, moradora do bairro Maiobão, que esteve na UPA Araçagi pela primeira vez, foi muito bom poder ver o filho Emanuel Santos, de 8 anos, ser prontamente atendido. “Eu vim para essa unidade porque me disseram que estava bom o atendimento aqui. Encontrei um ambiente adequado, limpo, com profissionais competentes e que nos atenderam bem. Não demorou até que ele fosse encaminhado para medicação, o que é um alívio, pois ele estava com muitas dores”, contou Lidiane.
Daucyana Castro