Além de ter o melhor custo-benefício entre os programas de intercâmbio oferecidos por outros estados, o Cidadão do Mundo, programa do Governo do Maranhão, também se destaca no cenário nacional pela continuidade das ações. Diferente do programa federal Ciência sem Fronteiras – que sofreu um corte drástico e acabou por encerrar a oferta de estudos no exterior para jovens matriculados em universidades – o Cidadão do Mundo continua levando mais jovens para estudar inglês, espanhol e francês fora do Brasil.
O programa maranhense já teve duas edições concluídas e se prepara para finalizar a terceira edição, resultando em mais de 300 jovens enviados para seis países diferentes – África do Sul, Argentina, Canadá, Espanha, Estados Unidos e França – até o final deste ano.
“Nós crescemos três vezes o número de inscritos, chegando a mais de três mil nas três edições, e isso se dá por conta da credibilidade que o programa adquiriu. Com o passar das edições, os jovens perceberam que é uma oportunidade única oferecida pelo Governo do Maranhão, por meio da Secretaria de Estado da Ciência, Tecnologia e Inovação (Secti)”, diz a coordenadora do programa, Fabiana Moura.
“Em cada uma das edições, o Cidadão do Mundo foi se aperfeiçoando e melhorando. Conseguimos reduzir custos sem deixar de oferecer benefícios aos intercambistas, diferentemente do que vem sendo feito no cenário nacional, inclusive com o cancelamento de programas federais”, completa Fabiana.
A estudante de Direito da Universidade Federal do Maranhão (UFMA), Ellien Vanessa Barbosa, conta que o Cidadão do Mundo veio para suprir uma demanda que ficou aberta depois do encerramento da modalidade pelo Ciência sem Fronteiras.
“O corte do Ciência sem Fronteiras interrompeu a chama de um sonho que só reacendeu com o Cidadão do Mundo. Hoje sei que vou fazer um intercâmbio em outro país porque o governo do meu estado vai oferecer”, conta a estudante aprovada para passar três meses em Madri, na Espanha, para estudar espanhol.
Outro selecionado para a terceira edição do programa maranhense foi o estudante Isael Coelho, que vai ao Canadá estudar inglês, com todas as despesas pagas pelo Cidadão do Mundo.
“Foi e continua sendo uma alegria muito grande descobrir que estava bem colocado para uma das cinco vagas para ir ao Canadá, principalmente porque o Brasil perdeu recentemente um programa importantíssimo que é o Ciência sem Fronteiras. É muito bom constatar que o governo maranhense trouxe para nossa realidade, para os jovens maranhenses, essa oportunidade única que é um intercâmbio”, conta o estudante classificado para o programa com a nota de 762 obtida no Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) de 2016.
Corte do Ciência sem Fronteiras
No ano passado, o governo federal acabou com as bolsas do programa Ciência sem Fronteiras destinadas a estudantes de graduação que queriam estudar fora do Brasil. Em 2017, a verba federal para pesquisa já caiu 44%, com impacto fortemente negativo para a ciência brasileira.
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Daucyana Castro