Pacientes que chegam às UPAs da região metropolitana de São Luís, São João dos Patos e Imperatriz, desde o início do mês de abril, já notam a mudança no atendimento das unidades. Para agilizar e humanizar o acolhimento aos pacientes, a Empresa Maranhense de Serviços Hospitalares – Emserh, responsável pela gestão das UPAs, implementou um modelo mais eficiente de acolhimento por classificação de risco.
A partir do modelo, os pacientes são direcionados ao atendimento de acordo com a gravidade dos casos. Os casos mais graves, seguindo o proposto pelo Protocolo de Manchester, que respalda a classificação, são atendidos imediatamente. Nos casos muito urgentes, os pacientes recebem atendimento em, no máximo, 10 minutos. Nos casos de urgência, a assistência pode ser feita em até 60 minutos. Os casos menos graves podem aguardar atendimento ou serem encaminhados para outros serviços de saúde.
De acordo com a coordenadora da Gestão de Qualidade da Emserh, Ana Carolina Marques, a implementação de atualizações ao modelo que já era utilizado pelas UPAs, imprime fluidez ao atendimento. “A gente acrescentou à classificação que já era feita, o sistema de cores que classifica os pacientes de acordo com o grau de gravidade deles. Então, assim que o paciente chega, ele recebe um adesivo e uma pulseira que todos os profissionais que estão no atendimento reconhecem, de acordo com a cor, por conta do protocolo e já sabem exatamente o tipo de conduta a exercer com aquele paciente. Qualquer enfermeira, médico, técnico que chegar à sala de espera, vai saber o grau de agilidade de atendimento que aquele paciente demanda”, explicou. Para comunicar aos pacientes o que cada cor representa, painéis explicativos com a classificação foram fixados nas recepções das unidades.
Para o presidente da Emserh, Carlos Eduardo Lula, investir em qualidade na gestão da saúde estadual é uma prioridade para a empresa, que assumiu as unidades há cinco meses. “Estamos investindo em um tratamento humanizado, rápido, com todos os insumos necessários para a solução do agravo que acomete a pessoa que é levada a uma unidade de saúde. Acreditamos que não é porque é público, que o serviço não tem que ter qualidade. Pelo contrário, o usuário do serviço público merece o mesmo cuidado que o usuário do serviço privado. Então, quando a gente investe em qualidade, quando a gente investe em unidades que funcionam como se fossem empresas privadas, a gente, na verdade, está investindo em qualidade para o cidadão.”, explicou o presidente.
O impacto no atendimento já pode ser sentido pelos pacientes que passam diariamente pelas unidades. Para Wendell Nunes, que sempre recorre a UPA do Araçagy quando tem qualquer emergência de saúde, a mudança no atendimento já é perceptível. “Em relação a outras vezes que já vim, hoje foi mais rápido. Cheguei, recebi a classificação amarela e mais ou menos 20 minutos depois, já fui chamado para o atendimento. Está melhor, sim!”, disse.
Além de mudanças no atendimento, uma série de outras padronizações são implementadas nas UPA’s administradas pela EMSERH. “A equipe de qualidade da Emserh está realizando um amplo cronograma de treinamentos e fazendo a implementação de protocolo de rotinas, que as unidades não tinham antes. E a preocupação é de padronizar o todo o atendimento da unidade.”, explicou Ana Carolina Marques.
Melhoras na infraestrutura também são implementadas em todas as UPA’s. “Além de se preocupar com o atendimento, a Emserh também tem o cuidado com a manutenção dos espaços físicos que nossos usuários utilizam. Por isso, estamos investindo também nas melhorias estruturais das unidades, trocando poltronas, aparelhos de ar condicionado, realizando algumas ampliações, entre outros”, finalizou o presidente da Emserh.
Daucyana Castro