6 de junho de 2016

Governo aprimora serviços de terapias complementares de saúde

As práticas alternativas de terapias de saúde que auxiliam no tratamento de dores crônicas, estresse, depressão, e de inúmeras doenças, estão autorizadas nas unidades no Sistema Único de Saúde (SUS), por meio da Portaria 971, do Ministério da Saúde (MS), a qual assegura à população a aplicação da Política Nacional de Práticas Integrativas e Complementares (PNPIC) no SUS.

O governo do Maranhão tem investido em um conjunto assistencial para garantir o acesso dos maranhenses a esses tipos de tratamentos complementares, ampliando os serviços oferecidos em unidades da rede estadual de saúde, gerenciados pela Secretaria de Estado de Saúde (SES).

Foto-6_Francisco-Campos_SES_02062016-Governo-aprimora-serviços-de-terapias-complementares-de-saúdeAo todo, mais de 10 serviços já são disponibilizados. Dentre eles estão acupuntura, hidroterapia, dança, terapia em grupo, ludoterapia, educação artística envolvendo pintura e música, hidroginástica, pilates e Reeducação Postural Global (RPG) – método fisioterápico, todos disponíveis de forma gratuita e que trabalham aspectos físicos e neurológicos.

“Tornando esse pacote de terapias complementares acessível na rede estadual, permitimos que pessoas que anteriormente não tinham a possibilidade de complementar tratamento de saúde, sejam usuárias desses serviços. Assim, elas podem melhorar quadros clínicos com mais agilidade e de modo integral e obter todas as demais vantagens que são proporcionadas por essas práticas”, informou o secretário de Estado de Saúde, Carlos Lula.

Os serviços se concentram nos Centros de Reabilitação e de Especialidades Médicas do estado. Quem tem acesso a eles conta como é o diferencial de ter esse recurso. “Eu sentia muitas dores na lombar e o médico me encaminhou para o pilates. Há seis meses, estou fazendo e já consigo fazer movimentos que antes eram difíceis, como o agachamento. Minha filha do Rio de Janeiro esteve recentemente comigo e ficou encantada com a estrutura que viu. Ficamos felizes por ter esse tipo de tratamento na rede pública de saúde”, considerou Marilda Carvalho, 69, paciente do Centro Especializado de Reabilitação e Promoção da Saúde (CER) do Olho d’Água.

Segundo a fisioterapeuta Danielle Campos, técnicas como o pilates, fazem parte de um trabalho conjunto que busca não só o condicionamento físico do paciente, mas a sua completa reabilitação. “Essas terapias ajudam o paciente a manter o que ele já teve de avanço na fisioterapia, por exemplo. Os pacientes que fazem os dois tipos de tratamento têm muito mais ganho e conseguem uma melhoria significativa em sua qualidade de vida”, explicou a fisioterapeuta.

Além do pilates, a dança é outra maneira de conseguir tratar, reabilitar e manter a saúde, como explica o educador físico, Viller Monteles. “A socialização promovida pela atividade de grupo combate a timidez, ajuda na coordenação corporal, no equilíbrio, percepção de espaço, e combinada a outros diversos fatores, contribui para que se tenha uma reabilitação de maneira plena. Algumas pessoas chegam depressivas ou com muita timidez e, após iniciarem as atividades, se tornam alegres e mais dispostas”, pontuou. No CER há turmas de dança todos os dias pela manhã com alunos de 20 aos 89 anos de idade.

A hidroterapia, conhecida também como fisioterapia aquática, ou aquaterapia, é uma atividade realizada em piscina aquecida que acelera o processo de recuperação de lesões e patologias como a artrite. “Esse método também inclui o fortalecimento dos músculos, aumento da amplitude das articulações, melhora do funcionamento cardiorrespiratório e da circulação sanguínea, assim como diminuição da dor e do estresse”, explicou Anny Caroline Lobo Correa, enfermeira e coordenadora do Centro de Reabilitação da Cidade Operária.

O serviço é oferecido duas vezes por semana em sessões de 40 a 60 minutos, dependendo dos casos. A hidroterapia recebe pacientes que já realizaram a fisioterapia e antes da alta são avaliados e encaminhados para o tratamento de no máximo três meses.

Acupuntura

Para combater quadros de dores crônicas, ou enxaqueca, cólicas, fibromialgia, estresse, distúrbios emocionais, como a depressão e ansiedade, aliviar sintomas da menopausa, incontinência urinária e alergias, a acupuntura também está dentre os serviços disponíveis na rede estadual de saúde.Foto-4_Francisco-Campos_SES_02062016-Governo-aprimora-serviços-de-terapias-complementares-de-saúde

Considerada como terapia complementar, desde 1995 é também reconhecida como especialidade médica. A pedagoga Bárbara Lima já experimentou na prática os benefícios das agulhas para amenizar o quadro das fortes dores de cabeça. “Por muitos anos sofri com enxaqueca. Nunca pensei que o alivio viria da acupuntura e, sinceramente, que iria encontrá-lo na rede estadual de saúde. É bom ver os efeitos dos esforços para melhorar e qualificar os serviços de saúde do estado”, relatou Bárbara Lima.

Os Centros de Reabilitação do Olho d’Água e da Cidade Operária possuem fisioterapeutas acupunturistas habilitados para realizar o procedimento, que produz efeito analgésico, antiinflamatório e relaxante muscular.

Daucyana Castro