A Secretaria de Estado da Saúde (SES) reuniu na tarde desta terça-feira (20) profissionais das unidades de urgência e emergência estaduais da região metropolitana para realizar o monitoramento do cenário epidemiológico da dengue e de outras arboviroses transmitidas pelo Aedes Aegypti. A capacitação faz parte da etapa de preparação do Plano de Contingência e foi realizada no Instituto Oswaldo Cruz/Laboratório Central do Maranhão (IOC/LACEN-MA), em São Luís.
“Neste momento de preparação é importante que os profissionais de saúde estejam atualizados sobre o diagnóstico e o atendimento dos usuários com arboviroses, principalmente quando se trata de dengue, zika vírus e chikungunya. A qualificação das equipes da linha de frente nas unidades de saúde é fundamental para garantir atendimento eficaz e evitar casos graves e óbitos, bem como a retaguarda de leitos de enfermarias e UTI para os casos de internação”, disse a secretária adjunta de Assistência à Saúde da SES, Kátia Trovão.
A primeira oficina aconteceu nesta terça-feira (20), no auditório do IOC/LACEN-MA, sobre a Rede de Monitoramento de Vírus das Arboviroses que, semelhantemente à logística dos vírus respiratórios, será feita a coleta de amostras com posterior envio ao LACEN-MA para identificação dos sorotipos que estão em circulação.
Ao todo, serão treinados profissionais de 39 unidades de saúde, entre Unidades de Pronto Atendimento (UPAS) hospitais e maternidades da Rede Estadual de Saúde em todo o estado. Os profissionais que atuam em serviços estaduais localizados no interior deverão receber as orientações na próxima segunda-feira (26), em São Luís.
Segundo a superintendente de Epidemiologia e Controle de Doenças da SES, Dalila Santos, a ação visa orientar os profissionais da rede de saúde sobre o diagnóstico laboratorial das arboviroses. “A capacitação tem por objetivo auxiliar os profissionais para que eles possam fazer a coleta das amostras que nos ajudarão a identificar qual o sorotipo que está circulando no estado e, também, ofertar um melhor atendimento aos pacientes que fizerem uso das nossas unidades de saúde”, disse.
O diretor geral do IOC/LACEN-MA, Lídio Gonçalves, destacou a importância da vigilância laboratorial. “O entendimento dos sorotipos é importante pela questão do número de casos. A imunidade gerada por um sorotipo não confere proteção em relação a outro sorotipo. Por isso, a circulação de sorotipos diferentes da dengue é importante para o monitoramento em relação à prevenção do número de casos”, observou.
Para o coordenador de enfermagem da UPA Cidade Operária, Edgar Castro, foi uma oportunidade de aperfeiçoar a assistência ao paciente. “No processo de acolhimento do paciente a gente consegue identificar e fazer o diagnóstico diferenciado. A capacitação veio para agilizar a qualidade do atendimento de forma a oferecer assistência correta para cada paciente”.
O diretor clínico do Hospital Geral da Vila Luizão, Márcio Serra, comentou sobre a importância da etapa de preparação da rede de serviços. “A promoção de um treinamento como este favorece tanto a nós profissionais como também aos usuários, pois com o diagnóstico precoce e a correta classificação, podemos tratar de maneira adequada e, se houver uma eventual superlotação, conseguiremos preparar a unidade para receber essas pessoas”.
Além da Rede de Monitoramento de Vírus das Arboviroses, a SES capacita os profissionais de saúde na detecção e manejo possibilitando um diagnóstico mais rápido e solicitar apoio dos municípios no realizar das visitas domiciliares priorizando locais com alto índice de infestação e/ou casos suspeitos.
Nesta quarta-feira (21), no período da manhã, a oficina on-line reunirá profissionais e técnicos de saúde dos 217 municípios do estado das áreas da Vigilância Epidemiológica, Atenção Primária e os Núcleos Hospitalares. Dos temas a serem tratados estão a notificação, classificação de caso suspeito e notificação dos casos.
A oficina sobre Manejo clínico das arboviroses e Plano de Contingência será realizada nesta quinta-feira (22) e sexta-feira (23), no auditório do IOC/LACEN-MA, com a participação de médicos e enfermeiros.
“Alguns dos pontos que deverão ser discutidos, são: o novo manejo clínico das arboviroses, diagnóstico, situação epidemiológica, o lançamento da Rede de Monitoramento de Vírus para entender o fluxo, estado da doença, produzir um Plano de Contingência e que este sirva de modelo para os municípios elaborarem os seus próprios”, detalhou a chefe do Departamento de Epidemiologia e Controle de Doenças da SES, Monique Maia.
Fonte: SES
Vanessa Karinne Selares Ribeiro Ferreira