O Cemesp atende pessoas diabéticas com algum grau de agravo da doença. Por se tratar de uma doença crônica, que causa a hiperglicemia, ou aumento da glicose no sangue, podem surgir complicações crônicas em órgãos mais sensíveis ao diabetes, como os olhos, rins, coração, vasos sanguíneos e nervos periféricos.
Por isso, o Programa de Educação e Controle do Diabetes do Estado, que desenvolve ações dentro do Cemesp, promove uma rotina semanal de atividades voltadas para ações de educação em saúde. “A pessoa com diabetes precisa ter atenção e conhecer os riscos de complicações pela doença. Esse conhecimento se faz também pela educação em saúde, além do tratamento medicamentoso corretamente e das consultas periódicas”, considerou a médica endocrinologista, Fernanda Costa Thomé, responsável pelo programa.
No início do mês de fevereiro, foi realizada uma palestra sobre “Prevenção e riscos da doença renal associada ao diabetes mellitus”. A ação foi articulada pela equipe de educação em diabetes. A médica nefrologista, Erika Carneiro, e a educadora física, Luana AnaisseAzoubel, que integram a equipe do Centro de Prevenção de Doenças Renais do Hospital Universitário Presidente Dutra (HU), fizeram esse intercâmbio de informações no auditório da unidade.
Dentre os temas abordados estiveram: “O risco do uso de antiinflamatórios para pacientes com insuficiência renal”, “A importância da atividade física para a qualidade de vida e controle da glicemia”, “Principais condutas a serem adotadas para a prevenção de doença renal crônica”, dentre outros.
Hélio Ricardo Macedo, 39 anos, foi acompanhar o pai, Antonio Faustino, 60 anos, para fazer um curativo e consultar com o clínico geral. Ele diz ter se surpreendido com a estrutura que encontrou. “Não esperava que a saúde estadual estivesse essa qualidade com profissionais prestativos, equipe comprometida e acessível. Essa sensibilização é importante porque apesar de a doença ser grave, as pessoas ainda não têm informação completa. Meu pai adorou e também acha que todo apoio é necessário”, contou Hélio Macedo.
Segundo a diretora técnica da unidade, Lícia Trinta, as ações integradas e a educação continuada são prioridade do Cemesp. “Os médicos trabalham de forma integrada. Com as ações na sala de espera ou no auditório, eles ficam mais à vontade de participar e fazer perguntas. Isso faz com que eles comecem a ter uma postura correta. Os resultados são acompanhados pelas taxas dos exames, que melhoram muito”, disse a diretora.
Programa de Educação e Controle do Diabetes
O programa realiza atividades permanentes e que acontecem em grupos de pacientes indicados pelos médicos e também por captação em atividades educativas na sala de espera. A equipe é multiprofissional formada pela endocrinologista e educadora em diabetes, Fernanda Thomé, a psicóloga Gardênia Santos, o nutricionista Gabriel Mateus e a enfermeira Fernanda Ismaela.
Os encontros em grupo são semanais, onde são abordados temas que influenciam na prevenção e controle do diabetes. O planejamento estratégico do Programa inaugurou em 2017 o projeto “Encontro com o Especialista”. “A intenção é convidar especialistas para abordar diferentes temas com a finalidade de alertar os pacientes na prevenção de complicações crônicas em órgãos-alvo da doença”, reiterou a coordenadora do Programa.