Por Daucyana Castro
O Programa Mais Cirurgias beneficiou mulheres da região de Timon com procedimentos ginecológicos de média e alta complexidade. Realizadas no Hospital Regional Alarico Nunes Pacheco, as cirurgias oferecidas pelo programa fazem parte de uma estratégia do Governo do Estado para ampliar o acesso e diminuir a espera pelos procedimentos. As cirurgias em Timon aconteceram entre 25 e 29 de setembro. A unidade retomou as cirurgias eletivas no dia 10 de setembro, após o período de suspensão por conta da pandemia.
Entre as cirurgias realizadas através do programa estão biópsias de nódulos mamários (para afastar ou confirmar suspeita de câncer de mama); curetagens semióticas (limpeza da cavidade uterina para posterior análise e estudo); histerectomia total abdominal (retirada do útero por completo incluindo corpo e colo uterino e os dois ovários); ooforectomia (retirada de ovários em casos de cistos ou tumores); tetossigmoideoscopia + colostomia (exame para análise do reto e intestino grosso); salpingectomia (retirada das trompas em caso de inflamação ou gestação na trompa); videocolecistectomia (retirada de vesícula biliar por cirurgia de vídeo); Miomectomia (retirada de miomas do útero); e Laqueaduras (cirurgia de esterilização definitiva).
O diretor técnico da unidade de saúde e também cirurgião, Candilberto Lima Lopes Filho, destacou os investimentos em saúde pública feitos pelo Governo do Maranhão, por meio da Secretaria de Estado da Saúde e da Empresa Maranhense de Serviços Hospitalares (EMSERH). “Estamos descentralizando a saúde no interior do estado. A complexidade das cirurgias foi aumentando. Estamos nos aprimorando. Isso evita regulação, evita transporte do paciente e traz ganho em qualidade de vida”, apontou.
O Programa permitiu que a unidade potencializasse a realização das cirurgias ginecológicas para agilizar os atendimentos reprimidos, e englobou também outras áreas de cirurgia geral com foco nas mulheres. No total, 25 mulheres foram submetidas aos procedimentos.
Dona Maria Cícera da Silva, 63 anos, foi uma das beneficiadas. Foi submetida a uma cirurgia de retirada dos ovários. Ela conta que era pra ter sido operada em março, mas os planos foram adiados por conta da Covid-19. Agora, ela comemora o resultado final. “Mesmo diabética, criei coragem e confiei em Deus. Fiz todos os exames aqui e graças a Deus minha cirurgia correu tudo bem. A gente tem que contar a verdade. Fui muito bem recebida, todos me trataram com muita educação. Estou muito confiante. Vou fazer a minha dieta e viver mais”, comemorou a paciente.
A cirurgia proporcionou alívio também para Maria do Socorro Pereira da Costa. Aos 50 anos de idade, ela se submeteu a uma histerectomia. “Era para eu ter feito a cirurgia em março, mas aí veio a pandemia do coronavírus e teve que ser adiada. Mas tão logo o hospital voltou a operar, me chamaram. Não tenho nada a reclamar, somente a agradecer. Fui bem atendida, estou ótima e já quero ir pra casa”, disse a dona de casa.
“Eram pacientes com sangramentos, dores pélvicas, internações recorrentes. Com a realização dos procedimentos, as pacientes tiveram alta em pouco tempo, recuperação pós-cirúrgica mais rápida e retorno as atividades mais cedo. Sem falar nas laqueaduras. Montamos, no hospital, um programa de natalidade, com passagem pelo serviço social, psicólogos e enfermeiros. São mulheres com fragilidade social, com mais de sete filhos e com dificuldade de informação dos métodos contraceptivos”, informou o diretor da unidade.
A previsão é que, nos meses de outubro, novembro e dezembro, sejam realizados outros procedimentos cirúrgicos englobando todas as áreas. O Hospital Regional Alarico Nunes Pacheco em Timon integra a rede de saúde do Governo do Maranhão e é gerenciado pela EMSERH.
Daucyana Castro