Considerado uma das principais unidades de saúde da área Itaqui Bacanga, o Hospital Aquiles Lisboa realizou, somente no primeiro semestre deste ano, cerca de 200 mil atendimentos, entre consultas médicas, serviços e procedimentos. A unidade dispõe de 15 leitos de internação e atendimento ambulatorial em 11 especialidades médicas. No mês de julho, foram 4.117 consultas médicas.
Hugo Kerstejns, vítima de acidente doméstico, quebrou as duas pernas, em março deste ano. Diante da extensão das fraturas, ele iniciou um longo processo de recuperação: cirurgia e sessões de fisioterapia. Depois do procedimento cirúrgico na rede municipal, era hora de encarar as sessões de fisioterapia. Os profissionais do Hospital Aquiles Lisboa e o atendimento próximo de casa facilitaram a rápida evolução de Hugo. “Quando cheguei aqui nem dobrava o joelho. Agora, já até ando de muletas e ando rápido, viu?”, contou satisfeito.
O Hospital Aquiles Lisboa integra a rede da Secretaria de Estado da Saúde (SES). “Nós temos eventos na unidade, justamente para divulgar o que é oferecido. Às vezes, o paciente vem para uma consulta de uma área e, durante a apresentação – que geralmente acontece nas recepções para atingirmos cada vez mais público – ele fica sabendo de um novo serviço e já efetua o agendamento. Fora isso, sempre registramos fotos dos serviços de fisioterapia, vacinação e divulgamos nos grupos de redes sociais que reúnem moradores da região”, explicou o diretor administrativo do hospital, Raul Fagner Silva.
É no Hospital Aquiles Lisboa que Luise Maria da Conceição realiza as consultas de rotina. Com 60 anos, a dona de casa mantém os exames em dia. “Desta vez, vim só fazer um raio-X, mas sempre que preciso de consultas, exames e outros serviços consigo sem dificuldade”, afirmou.
A unidade dispõe de 11 especialidades: clínico geral, fonoaudiologia, neurologia, nutricionista, psicologia, pediatria, obstetrícia, ginecologia, cardiologista, reumatologia e odontologia. “Nós temos trabalhado cada vez mais junto ao público pelo fato de que o Aquiles Lisboa não é só uma unidade que trata da hanseníase. Estamos fortalecendo junto ao público nossas especialidades e temos tido um retorno bem positivo”, disse Raul Fagner Silva. O número vem crescendo desde que toda a equipe do hospital tem se empenhado em divulgar os serviços oferecidos na unidade para o público.
Tratamento para hanseníase
A unidade é referência no tratamento da hanseníase, doença causada pelo bacilo Mycobacterium leprae. Com as programações educativas na unidade e na região do Itaqui-Bacanga, os profissionais buscam detectar precocemente os casos novos, para interromper a cadeia de transmissão, evitando a ocorrência de outros casos. Os pacientes devem ser tratados em regime ambulatorial. A doença tem cura.
Pelo Programa da Hanseníase, são oferecidas consultas dermatológicas, diagnóstico, avaliação neurológica, atividade terapêutica no setor de calçados e tratamento da doença. A unidade também oferece o Programa da Mulher, onde as pacientes têm acesso a consultas, preventivos e planejamento familiar. Além desses serviços, também são ofertados exames laboratoriais, fisioterapias, raios-X, terapia ocupacional e escola de postura duas vezes por semana.
A dona de casa, Nazaré Sodré, de 58 anos, moradora da Vila Mauro Fecury, estava na unidade de saúde, nesta quarta-feira (2), acompanhando o sobrinho, que realiza tratamento para hanseníase. Diante do acesso facilitado aos serviços, ela também priorizou o cuidado com a própria saúde. “Sempre que preciso, consigo minhas consultas. Hoje, vim só trazer meu sobrinho, mas já marquei minhas consultas com meu ortopedista e minha dermatologista, para este mês”, comentou Nazaré Sodré.
Enquanto isso, João Batista Silva Sodré, de 19 anos, comemora o resultado positivo do tratamento da hanseníase. “Eu me trato aqui desde 2015 e estou bem feliz. Principalmente porque consegui me tratar e consegui me curar, graças a Deus”, comentou.
O lavrador Francisco da Silva Costa, de 57 anos, aguardava sua vez para consultar com a equipe do Programa da Hanseníase. Ele, que é morador do município de São Bernardo, conta que encontrou no hospital o suporte que precisava para tratar a doença.
“Eu gosto muito do trabalho que é feito aqui. Moro longe e tenho que vir sempre. Pra eu não desistir do tratamento, a médica libera a medicação para durar exatos dois meses e assim não fica dispendioso, e eu não desisto do tratamento”, contou o lavrador que se diz agradecido. “Eu sou sempre muito bem atendido. Eu vejo que eles querem realmente nos ajudar. E apesar de eu ainda sentir algumas coisas, já melhorei muito”, disse.
Fonte: Secretaria de Estado da Saúde (SES)
Daucyana Castro