O Hospital de Cuidados Intensivos (HCI) começou a utilizar caixas acrílicas durante a intubação dos pacientes que necessitem de ventilação mecânica por causa das complicações respiratórias decorrentes do novo coronavírus (COVID-19). A ferramenta garante maior segurança dos profissionais de saúde durante a realização do procedimento.
As caixas acrílicas, que foram adquiridas pela Empresa Maranhense de Serviços Hospitalares (EMSERH), gerencia a unidade estão sendo utilizadas em todas as intubações realizadas na unidade.
“Quando é feita a decisão pela intubação, imediatamente é iniciado o protocolo específico, assim como também acionado os profissionais que farão todo o procedimento. A caixa acrílica protege toda a equipe. Ela resguarda de aerossóis expelidos, e por meio das aberturas para as mãos conseguimos manusear paciente e inserir os itens utilizados durante o procedimento”, explica o diretor clínico do HCI, Ronny D’avelas. Os aerossóis são as partículas bem pequenas que ficam suspensas e se comportam como um líquido expelidos pelo paciente que pode transmitir os microrganismos.
A ferramenta possui três aberturas, duas para as mãos dos médicos e a outra para o material necessário para a intubação. Além da caixa, todos os profissionais envolvidos no procedimento também precisam estar utilizando os equipamentos de proteção individual (EPI), como macacão impermeável, gorro, protetor facial, óculos, luvas cirúrgicas e máscaras do tipo N95. Todo o material é fornecido pela Empresa Maranhense de Serviços Hospitalares (EMSERH),.
“Depois que a equipe é aparamentada com os EPIs necessários, o paciente é sedado, a caixa acrílica é posicionada acima do mesmo para que seja feita a oxigenação prévia durante a pré-intubação”, acrescenta o diretor clínico geral do HCI. De acordo com o protocolo adotado pelo Ministério da Saúde, nos casos de complicações do COVID-19, em que o paciente fica com insuficiência respiratória aguda, são adotados alguns procedimentos iniciais de oxigenoterapia suplementar, entre os quais o implante de cateter de oxigênio para aumentar a saturação no sangue. Caso ainda haja desconforto respiratório grave, mesmo com a oxigenoterapia, o protocolo adotado será a intubação do paciente.
Eduardo Ericeira