A redução de transferências constitucionais e a interrupção de obras e investimentos federais acabaram paralisando investimentos em muitos estados do Brasil. No Maranhão, o cenário é oposto, com aumento de mais R$ 241,3 milhões em relação ao primeiro semestre do ano passado. O valor representa um aumento de 8,2%, com destaque para investimentos em obras de saúde, saneamento básico e infraestrutura.
O Governo do Maranhão também investiu mais R$ 246,7 milhões em receita com pagamento de servidores públicos, um incremento real de 3,8% na economia maranhense. Tudo isso foi feito preservando a saúde fiscal do Estado, que continua uma das melhores em todo o país.
De acordo com a Síntese de Conjuntura Mensal, documento organizada pelo Instituto Maranhense de Estudos Socioeconômicos e Cartográficos (Imesc), a realidade do Maranhão está em contraste com a ampla maioria dos demais estados, uma vez que o Maranhão ampliou os investimentos em infraestrutura e em outras áreas, além da redução de despesas.
O crescimento dos investimentos no Maranhão mostra o esforço fiscal da equipe de governo para proteger a economia maranhense dos efeitos da crise. Para se ter uma ideia do impacto da crise econômica, o estado perdeu 4,6% em transferências correntes do Governo Federal.
Há, ainda, a paralisação de investimentos em obras federais, efeito da crise nacional. Segundo a Síntese de Conjuntura do Imesc, “foram cortes de R$ 7,9 bilhões nos investimentos totais do PAC, tendo o Nordeste e o Maranhão como maiores prejudicados”.
Tendência de recuperação
O documento elaborado pelo Imesc mostra que apesar dos efeitos da crise sob transferências de receita e obras federais, o Maranhão deverá ser beneficiado pela melhoria do cenário econômico nacional com inflação em baixa e contas externas com superávit comercial recorde no primeiro semestre. O cenário aponta continuidade do corte da taxa básica de juros, com impactos positivos na redução do endividamento e na retomada do consumo.
“Em 2017, compartilhamos esse moderado otimismo no que se refere à atividade econômica, saber que há uma tendência de retomada ainda tênue. Nós vamos sair dos dois, três anos seguidos de dificuldades econômicas para um crescimento ainda que moderado, isso abre caminho para que possamos equacionar vários entraves, o que não significa dizer que nós possamos abrir mão do equilíbrio fiscal”, apontou o governador Flávio Dino.
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Daucyana Castro