O encontro aconteceu no auditório da Empresa Maranhense de Serviços Hospitalares (EMSERH), nesta quinta-feira (31) e reuniu colaboradoras que prestam serviço na empresa. A palestra foi proferida pela Professora Doutora Artenira da Silva e Silva. Ela que trouxe sua vasta experiência nos estudos relacionados ao comportamento pessoal, neste caso, com foco nas mulheres.
Artenira Silva é Pós Doutoranda em Direitos Humanos pela Universidade Federal do Pará, Pós Doutora em Psicologia pela Universidade do Porto, PHD com Doutorado em Saúde Coletiva e Saúde Mental pela Universidade Federal da Bahia, Docente e Pesquisadora em Proteção de Grupos Vulneráveis e PPGDIR na Universidade Federal do Maranhão.
O tema da palestra da psicóloga foi “Segurança e Autoestima: conquistas e desafios”.
“Apesar dos avanços, a gente ainda traz a culpa por não conseguir exercer e não é possível exercer todos os papéis simultaneamente. Então algumas contas acabam não fechando, a gente exige ou se exige enquanto mulher que a gente trabalhe como se não tivesse filhos, a gente exige que a gente seja mãe como se a gente não tivesse trabalho, a gente exige que a gente esteja permanentemente produzida e bela, como se o nosso dia tivesse 36 horas e não 24 horas, então as contas não fecham. A gente é carregada de culpa e isso ainda é reforçado pela família e socialmente. A gente continua tendo cobranças sociais, cobranças familiares, para que a gente exerça múltiplos papéis de um modo que é humanamente impossível”, reforçou Artenira Silva.
A palestra foi acompanhada pelas colaboradoras da EMSERH que lotaram o auditório da Empresa. A psicóloga falou por uma hora sobre vários temas que dizem respeito ao papel da mulher na sociedade, barreiras que ainda devem ser superadas, a luta da mulher ao longo da história e as conquistas alcançadas.
“Precisamos superar esses estereótipos sexistas de que mulher faz isso, homem faz aquilo, e que os dois precisam se desenvolver de forma mais integra e semelhante para serem complementares, isso definir saúde mental para ambos, a gente não dar o próximo pulo. Porque a gente entende os direitos, a gente começou a pleitear esses direitos, mas quando a gente vai tentar exercê-los a gente ainda o faz tanto profissionalmente como pessoalmente com sentimento de culpa e com sentimento severo e negativo sobre outras mulheres”, concluiu a psicóloga Artenira Silva.
Eduardo Ericeira