Em Timon, a Unidade de Pronto Atendimento (UPA) avançou em mais uma fase do projeto que fortalece o diagnóstico precoce de sepse e trata em tempo hábil os casos em suspeita da doença. O projeto “Sepse nas UPAs” é promovido pelo Programa de Apoio ao Desenvolvimento Institucional do Sistema Único de Saúde, do Ministério da Saúde, em parceria com o Hospital Sírio Libanês, de São Paulo (SP).
O Projeto “Sepse nas UPAs” tem quatro etapas, em que as instituições participantes têm que atingir bons resultados na avaliação, visto que são etapas que se baseiam nas diretrizes do Instituto Latino Americano de Sepse (ILAS), que indica um melhor atendimento ao paciente séptico. São elas: etapa 1: Reconhecimento; etapa 2: Ressuscitação; etapa 3: Reavaliação, e etapa 4: Regulação. Neste mês de abril, a UPA, em Timon, avançou para a segunda etapa do projeto.
“O Hospital Sírio Libanês só promove o avanço de etapas quando a unidade participante atinge indicadores suficientes que demonstrem que alcançamos os pontos chaves para garantia da fase a longo prazo. Para alcançar essa segunda etapa realizamos treinamentos com as equipes, formulamos o protocolo com o pacote de medidas baseado nos materiais que o Hospital Sírio Libanês nos enviou. Fizemos rondas diárias para que a equipe da classificação e médica incorporasse a rotina, e conseguimos melhorias para confirmação de diagnóstico mais rápido, como foi o caso do gasômetro e consequentemente, iniciar o tratamento mais rápido”, reforçou a diretora administrativa da UPA Timon, Danielle Nóbrega.
O projeto tem duração de 18 meses, e teve o início da primeira fase em outubro do ano passado. Anteriormente, a equipe do Sírio Libanês realizou junto às Upas o planejamento estratégico.
“Agora, após o projeto, todos os pacientes que passam na classificação de risco, são avaliados quanto aos sinais e sintomas de sepse, o enfermeiro da classificação sinaliza via sistema aquele paciente que tem médio ou alto risco de desenvolver sepse, e na aba médica já aparece para o médico aquele paciente em suspeita de sepse em vermelho, indicando que é um paciente que precisa de atenção e de atendimento mais rápido. A sepse deteriora muito rápido, então pelo Instituto Latino Americano de Sepse (ILAS) a administração de antibiótico tem que acontecer na primeira hora após o reconhecimento”, explicou a coordenadora do Núcleo de Segurança do Paciente da UPA Timon, Joyce Soares.
A equipe do projeto na UPA em Timon é composta pela líder do projeto na unidade, Joyce Soares, do Núcleo de Segurança do Paciente; a coordenadora de enfermagem Luciana Gabriella; o diretor clínico Antônio Barradas; a diretora administrativa Danielle Nóbrega; a coordenadora de farmácia Roseane Pedrosa; o coordenador de fisioterapia Raul Oliveira; o coordenador da Comissão de Controle de Infecção Hospitalar Joamilson Gedeon; o coordenador de Serviço Social José Waquim; além de membros da equipe assistencial, como os enfermeiros Wanderson Soares, Tassia Barbosa e Alan Higor Pereira.
Cerca de 42 Unidades de Pronto Atendimento (UPA) do Brasil participam do projeto e a escolha foi feita de forma aleatória. Em Timon, a UPA foi contemplada com o convite em junho de 2022. Após a direção da unidade aceitar a proposta, a UPA entrou no Projeto como Unidade Participante.
Sepse
A sepse, também chamada de septicemia ou sepsis, é um problema que ocorre nos pacientes com infecções graves, caracterizada por um intenso estado inflamatório em todo o organismo. De modo simples, sepse é a doença que surge quando germes, principalmente bactérias, invadem a corrente sanguínea e provocam uma intensa resposta inflamatória por todo o corpo.
Mais informações no site do Instituto Latino Americano de Sepse (ILAS): https://ilas.org.br
Daucyana Castro